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Paulino de Nola

Paulino de Nola (em latim: Paulinus Nolanus), nascido Pôncio Merópio Anício Paulino (em latim: Pontius Meropius Anicius Paulinus), é considerado um dos Padres da Igreja do ocidente. Na sua juventude foi cônsul e exerceu importantes cargos civis até ser batizado. Vendeu seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres e, com sua esposa Terásia, passou a viver vida eremítica.

Foi ordenado padre em 394 e, em 409, bispo de Nola, no século V diocese situada na província de Nápoles.

Foi contemporâneo de Santo Agostinho e é venerado como santo pela Igreja Católica.

Governou a Campânia, no sul da Itália, e ficou conhecido pela sua mansidão e sabedoria neste cargo. O início de sua conversão ao cristianismo é fruto do seu contato com a fé simples e intensa do povo desta região. Após a morte de seu filho recém-nascido, decidiu junto com a sua mulher doar os seus bens aos pobres, viver em casta fraternidade e fundar uma comunidade monástica. Sua atividade pastoral ficou marcada pela sua particular atenção para com os pobres, deixando sempre a imagem de autêntico "pastor da caridade".

Deixou escritos vários tratados de teologia e compôs uma colecção de poemas, notáveis pela elegância do seu estilo[1].

Segundo o papa Bento XVI a sua conversão "impressionou aos seus contemporâneos, que o reprovavam o desprezo pelos bens materiais e o abandono da sua vocação de literato, ao que Paulino replicava que a sua entrega aos pobres não significava desprezo pelos bens terrenos, mas o contrário, valorizáva-os ainda mais para o fim mais alto da caridade e que "uma nova estética governava a sua sensibilidade: a beleza de Deus encarnado, crucificado e ressuscitado."" (Audiência geral, 12.dez.2007).