tag:blogger.com,1999:blog-41988094828838995482024-02-18T19:12:50.469-08:00Santo do DiaSanto do Diaespiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comBlogger271125tag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-64592912615683193462019-12-04T08:48:00.003-08:002019-12-04T08:48:41.399-08:00João Calábria, 4 de dezembro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUSEfVm4vdC7ZyU0e3h4Wo8IL_FXJeVNM_-PqvluH6NYqt9_AEkkKTpIGHvZ01isfDlNEsMoWnM3g7AaggVCuiZys57BhNmlKwTO6eV7WN82LEBAYZ02005zP0oIv4L0bC65ivJK5ex3g/s1600/800px-Don_Giovanni_Calabria.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUSEfVm4vdC7ZyU0e3h4Wo8IL_FXJeVNM_-PqvluH6NYqt9_AEkkKTpIGHvZ01isfDlNEsMoWnM3g7AaggVCuiZys57BhNmlKwTO6eV7WN82LEBAYZ02005zP0oIv4L0bC65ivJK5ex3g/s320/800px-Don_Giovanni_Calabria.jpg" width="239" /></a></div>
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São João Calábria (Verona, 8 de outubro de 1873 - Verona, 4 de dezembro de 1954) nasceu em Verona no dia 8 de outubro de 1873, sétimo e último filho de Luís Calábria, sapateiro, e de Ângela Foschio, empregada doméstica e mulher de grande fé, educada pelo Servo de Deus Pe. Nicolau Mazza, em seu Instituto para meninas pobres.</div>
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<br /></div>
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Desde o seu nascimento, a pobreza lhe foi mestra de vida. Vindo a falecer seu pai, teve que interromper a 4a série primária e trabalhar como garçom. Pe. Pedro Scapini, Reitor de São Lourenço, percebendo as virtudes do jovem, preparou-o com aulas particulares para os exames de admissão ao 2° grau, no Seminário. Tendo sido aprovado nos exames, foi admitido e freqüentou o 2° grau como aluno externo. Mas teve que interrompê-lo no 3° ano para prestar o serviço militar.</div>
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<br /></div>
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Neste sentido, o jovem distinguiu-se sobretudo pela sua caridade. Colocou-se a serviço de todos, dedicando-se aos trabalhos mais humildes e arriscados. Conquistou a amizade dos seus colegas e superiores, levando muitos à conversão e à prática da fé.</div>
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<br /></div>
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Terminado o serviço militar, retornou aos estudos. Numa noite fria de novembro de 1897 - quando freqüentava o l ° ano de teologia - regressando do hospital, onde tinha visitado doentes, encontrou encolhido na porta de sua casa um menino fugido dos ciganos. Então, acolhendo-o, levou-o para sua casa e partilhou com ele o seu pequeno quarto. Foi o inicio de suas obras com os meninos órfãos e abandonados.</div>
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<br /></div>
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Depois de alguns meses, fundou a "Pia União para a assistência aos doentes pobres", reunindo um grande número de clérigos e leigos.</div>
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<br /></div>
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Este foi somente o início de uma vida caracterizada totalmente pela caridade. "Todos os instantes de sua vida foram uma personificação do maravilhoso cântico de São Paulo sobre a Caridade", escrevia na sua carta de postulação ao papa Paulo VI uma médica hebréia que o Pe. João Calábria salvou da perseguição nazista e fascista, ocultando-a entre as religiosas do seu Instituto, vestindo-a com o hábito delas.</div>
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<br /></div>
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Em 1910 fundou também o ramo feminino, as " Irmãs ", sendo reconhecida no dia 25 de março de 1952 como Congregação de direito diocesano, com o nome de " Pobres Servas da Divina Providência" e aos 25 de dezembro de 1981 obteve a Aprovação Pontifícia.</div>
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<br /></div>
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Tendo sido ordenado sacerdote no dia 11 de agosto de 1901 foi nomeado Vigário Cooperador na paróquia Santo Estêvão e confessor no Seminário. Dedicou-se com zelo especial às confissões e ao exercício da Caridade, privilegiando sobretudo os mais pobres e marginalizados.</div>
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<br /></div>
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Em 1907, nomeado Vigário da Reitoria de São Benedito ao Monte, começou também a acolher e ajudar espiritualmente alguns soldados. No dia 26 de novembro do mesmo ano, na Rua Case Rotte, iniciou oficialmente o Instituto " Casa Buoni Fanciulli ", que no ano seguinte, foi transferido para um lugar definitivo na Rua San Zeno in Monte, atual Casa Mãe.</div>
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<br /></div>
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Com os meninos, o Senhor mandou-lhe também alguns leigos que desejavam partilhar com ele a própria doação ao Senhor. Com este pequeno grupo de homens entregues totalmente ao Senhor no serviço aos pobres com uma vida radicalmente evangélica, fez com que a Igreja de Verona revivesse o clima da Igreja Apostólica. E aquele primeiro núcleo de homens foi a base da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência, sendo aprovada pelo Bispo de Verona aos 11 de fevereiro de 1932 e obtendo a Aprovação Pontificia aos 25 de abril de 1949.</div>
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<br /></div>
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Logo após a aprovação diocesana, a Congregação difundiu-se em várias regiões da Itália, sempre ao serviço dos pobres, dos abandonados e dos marginalizados. Extendeu a sua ação também aos idosos e doentes, dando vida à " Cittadella della Carità ". O Coração apostólico do Pe. João Calábria pensou também nos Párias da índia, enviando, no ano de 1934, quatro Irmãos a Vijayavada.</div>
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<br /></div>
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O Pe. João Calábria confiou às duas Congregações a mesma missão que o Senhor lhe inspirou desde quando era um jovem sacerdote: "Mostrar ao mundo que a Divina Providência existe, que Deus não é um estrangeiro, mas que é Pai e cuida de seus filhos, contanto que nós O acolhamos e façamos a nossa parte que é buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça" (cf. Mt 6, 25-34).</div>
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<br /></div>
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Para testemunhar tudo isto, acolheu gratuitamente em suas casas meninos necessitados material e moralmente, criou hospitais e casas para acolher e dar assistência corporal e espiritual aos doentes e idosos. Abriu casas de formação para os jovens e adultos pobres, a fim de ajudá-los a realizar a própria vocação sacerdotal ou religiosa, deixando-os livres para ingressar na diocese ou Congregação que o Senhor lhes tivesse inspirado. Estabeleceu que os seus religiosos exercitassem o apostolado nos lugares mais pobres, "onde não se pode esperar nenhuma recompensa humana".</div>
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<br /></div>
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"Resplandeceu como farol luminoso na Igreja de Deus". São exatamente estas as palavras que o Beato Cardeal Schuster mandou epigrafar sobre o túmulo do Pe. João Calábria.</div>
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Desde 1939 até o dia de sua morte, em contraste com seu inato desejo de ocultar-se, alargou os seus horizontes até alcançar as fronteiras da Igreja, " gritando " a todos que o mundo poderia salvar-se somente retornando a Cristo e ao seu Evangelho.</div>
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<br /></div>
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Foi assim que se tornou uma voz profética, um ponto de referência: bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, viram nele o guia seguro para eles mesmos e para suas próprias iniciativas.</div>
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<br /></div>
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Os bispos da Conferência Episcopal do Trivêneto, na carta de postulação endereçada ao papa João Paulo II escreveram: "Pe. Calábria, exatamente para preparar a Igreja do ano 2000 - expressão a ele familiar - fez de sua vida um sofrido e enternecido apelo à conversão, à renovação, à hora de Jesus com acentos impressionantes de premente urgência ... Parece-nos que a vida do Pe. Calábria e a sua mesma pessoa constitua uma "profecia" do vosso apaixonado grito a todo o mundo: "Abram as portas a Cristo Redentor!".</div>
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<br /></div>
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Ele compreendeu que nesta radical e profunda renovação espiritual do mundo, deveriam ser envolvidos também os leigos. Por isto, em 1944, fundou a " Família dos Irmãos Externos ", constituída por leigos. Rezou, escreveu, agiu e sofreu também para a unidade dos cristãos. Portanto, manteve fraternas relações com protestantes, ortodoxos e hebreus: escreveu, falou, amou e nunca polemizou. Conquistou com o amor. O Pastor luterano Sune Wiman de Eskilstuna (Suécia) que manteve com Pe. Calábria um abundante intercâmbio epistolar, endereçou no dia 6 de março de 1964 uma carta de postulação ao papa Paulo VI para solicitar-lhe a glorificação do seu venerado amigo.</div>
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Este foi o período misteriosamente mais doloroso de sua vida. Parecia que Jesus Cristo o tivesse associado à agonia do Getsêmani e do Calvário, aceitando a sua oferta de ser "vítima" para a santificação da Igreja e para a salvação do mundo. O Beato Cardeal Schuster comparou-o ao Servo de Javé.</div>
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Morreu no dia 4 de dezembro de 1954. Na vigília porém, fez o seu último gesto de caridade: ofereceu a sua vida ao Senhor pelo papa Pio XII, que estava agonizando. Deus aceitou sua oferta: Pe. João Calábria morreu e o Papa, misteriosa e repentinamente recuperou a saúde e viveu por mais quatro anos. O mesmo Pontífice, desconhecendo o último gesto de oferta do Pe. Calábria, mas profundo conhecedor de toda a sua vida, recebendo a notícia de sua morte, em um telegrama de pêsames à Congregação, definiu-o "campeão de evangélica caridade ".</div>
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<br /></div>
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O Pe. João Calábria foi beatificado pelo papa João Paulo II no dia 17 de abril de 1988.[1]</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-16722109367122203302019-12-04T08:47:00.001-08:002019-12-04T09:19:18.465-08:00Clemente de Alexandria, 4 de dezembro<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi02z3r4_xiTD5ToiKmkUMVKYyUtEXOJ8xLPmlNzs-FUfBo3L2-N7WkYfUpbIV29vUpnLX1WRU5mO1MZm8hNycLJuyAxDYfr2jqdrCYfm23sKGkBag861xF3Vj_Dt_chPXo0IR1tnB_z3c/s1600/200px-ClemensVonAlexandrien.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="279" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi02z3r4_xiTD5ToiKmkUMVKYyUtEXOJ8xLPmlNzs-FUfBo3L2-N7WkYfUpbIV29vUpnLX1WRU5mO1MZm8hNycLJuyAxDYfr2jqdrCYfm23sKGkBag861xF3Vj_Dt_chPXo0IR1tnB_z3c/s1600/200px-ClemensVonAlexandrien.jpg" /></a>Clemente de Alexandria ou Tito Flávio Clemente (Atenas (?), c. 150 - Palestina, 215) foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas.</div>
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Pesquisou as lendas menos compatíveis com os valores cristãos. Sua abertura a fontes familiares aos não cristãos ajudou a tornar o cristianismo mais aceitável para muitos deles.</div>
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Clemente foi um erudito numa época em que os cristãos eram geralmente pouco letrados. Não obstante, foi capaz de construir argumentos lógicos convincentes, baseados nas escrituras e na filosofia, a favor do cristianismo e contra os gnósticos de Valentim, que, baseados em Alexandria - o mais importante centro de atividade intelectual da época - estavam em plena expansão.</div>
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Defendeu a fraternidade e a repartição das riquezas entre os homens, observado livre-arbítrio:</div>
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“Deus criou o gênero humano para a comunicação e a comunhão de uns com os outros, como ele, que começou a repartir do seu e a todos os homens proveu seu Logos comum, e tudo fez por todos. Logo tudo é comum, e não pretendam os ricos ter mais que os outros. Da homilia Quis dives salvetur? ("Que rico se salvará?"), baseada na história de Jesus e o jovem rico (Marcos 10:17-31).</div>
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"De sorte que não é rico aquele que possui e guarda mas aquele que dá; e este dar, não o possuir, faz o homem feliz. Portanto, o fruto da alma é essa prontidão em dar. Logo na alma está o ser rico." (Pedagogo 3, 6).</div>
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O historiador Eusébio de Cesareia considerava Clemente um incomparável mestre da filosofia e, para São Jerônimo, Clemente foi o mais erudito dos Padres da Igreja.</div>
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Nascido provavelmente em Atenas, de pais pagãos, foi instruído profundamente na filosofia neoplatônica.</div>
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Já adulto, decidiu voltar-se ao cristianismo. Depois de convertido, viajou, buscando instruir-se, ligando-se a diversos mestres - na Ionia, Magna Grécia, Síria, Egito, Assíria e na Palestina. Finalmente, por volta de 175 - 180, na Escola de teologia de Alexandria (Didaskaleion), encontrou o filósofo patrístico Panteno (século II) e nos seus ensinamentos, "encontrou a paz", sucedendo-lhe por volta de 189 como líder espiritual da comunidade cristã de Alexandria. Ali permaneceu durante vinte anos, tornando-se um dos mais ilustrados padres primitivos.</div>
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<br /></div>
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No período pré-nicênico de formação da patrística, combateu os hereges gnósticos. Estabeleceu o programa educativo da escola catequética alexandrina, o qual, séculos mais tarde, serviria de base ao trivium e ao quadrivium, grupos de disciplinas que constituíam as artes liberais na Idade Média.</div>
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<br /></div>
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Entre suas obras de ética, teologia e comentários bíblicos destaca-se a trilogia formada por Exortação, Pedagogo e Miscelâneas.</div>
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<br /></div>
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Clemente defendeu a teoria da causa justa para a rebelião contra o governante que escravizasse seu povo. Em O Discurso escreveu sobre a salvação dos ricos e sobre temas como o bem-estar, a felicidade e a caridade cristã.</div>
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Clemente de Alexandria teve um papel importantíssimo na história da hermenêutica entre os judeus e os cristãos no período patrístico.</div>
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Em Alexandria, no período helenístico, a religião judaica e a filosofia grega se encontraram e se influenciaram mutuamente, ali surgindo a escola que, influenciada pela filosofia platônica, encontrou um método natural de harmonizar religião e filosofia na interpretação alegórica da Bíblia. Clemente de Alexandria foi o primeiro a aplicar essa abordagem à interpretação do Antigo Testamento, em substituição à interpretação literal.</div>
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<br /></div>
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Datam também da época helenística as primeiras aproximações do budismo com o mundo ocidental. Mercadores indianos que viviam em Alexandria propagaram sua fé budista pela região. Clemente de Alexandria foi o primeiro autor ocidental a citar em suas obras o nome de Buda.</div>
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<br /></div>
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Durante a perseguição aos cristãos (201-202), pelo imperador romano Sétimo Severo, Clemente transferiu seu cargo na escola catequética ao discípulo Orígenes e refugiou-se na Palestina, junto a um antigo aluno, Alexandre, bispo de Jerusalém, lá permanecendo até sua morte.</div>
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<br /></div>
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Obras</div>
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Opera omnia, 1715</div>
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Exortação aos gregos (Protreptikos pros Ellenas)</div>
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Disposições (Hypotyposeis)</div>
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Pedagogo (Paidagogos)</div>
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Miscelânia (Stromateis)<br />
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<h3>
Texto do Papa Bento XVI</h3>
<br />
Clemente de Alexandria, um grande teólogo que nasceu provavelmente em Atenas em meados do século II. De Atenas herdou aquele acentuado interesse pela filosofia, que teria feito dele um dos pioneiros do diálogo entre fé e razão na tradição cristã. Ainda jovem, ele chegou a Alexandria, a "cidade-símbolo" daquele fecundo cruzamento entre culturas diversas que caracterizou a idade helenística. Lá foi discípulo de Panteno, até lhe suceder na direcção da escola catequética.<br />
<br />
Numerosas fontes confirmam que foi ordenado presbítero. Durante a perseguição de 202-203 abandonou Alexandria para se refugiar em Cesareia, na Capadócia, onde faleceu por volta de 215.<br />
<br />
As obras mais importantes que dele nos restam são três: o Protréptico, o Pedagogo e o Estrómata. Mesmo parecendo não ser esta a intenção originária do autor, é uma realidade que estes escritos constituem uma verdadeira trilogia, destinada a acompanhar eficazmente a maturação espiritual do cristão. O Protréptico, como diz a própria palavra, é uma "exortação" dirigida a quem inicia e procura o caminho da fé. Ainda melhor, o Protréptico coincide com uma Pessoa: o Filho de Deus, Jesus Cristo, que se faz "exortador" dos homens, para que empreendam com decisão o caminho rumo à Verdade. O próprio Jesus Cristo se faz depois Pedagogo, isto é "educador" daqueles que, em virtude do Baptismo, já se tornaram filhos de Deus. O próprio Jesus Cristo, por fim, é também Didascalos, isto é, "Mestre" que propõe os ensinamentos mais profundos. Eles estão reunidos na terceira obra de Clemente, os Estrómatas, palavra grega que significa "tapeçaria": de facto, trata-se de uma composição não sistemática de vários assuntos, fruto directo do ensinamento habitual de Clemente.<br />
<br />
No seu conjunto, a catequese clementina acompanha passo a passo o caminho do catecúmeno e do baptizado para que, com as suas "asas" da fé e da razão, eles alcancem um conhecimento íntimo da Verdade, que é Jesus Cristo, o Verbo de Deus. Só este conhecimento da pessoa que é a verdade, é a "verdadeira gnose", a expressão grega que corresponde a "conhecimento", "inteligência". É o edifício construído pela razão sob o impulso de um princípio sobrenatural. A própria fé constrói a verdadeira filosofia, isto é, a verdadeira conversão no caminho a ser empreendido na vida. Por conseguinte, a autêntica "gnose" é um desenvolvimento da fé, suscitado por Jesus Cristo na alma unida a Ele. Clemente distingue depois entre dois níveis da vida cristã. O primeiro: os cristãos crentes que vivem a fé de modo comum, mas sempre aberta aos horizontes da santidade. E depois, o segundo: os "gnósticos", isto é, os que já conduzem uma vida de perfeição espiritual: contudo o cristão deve partir da base comum da fé e através de um caminho de busca deve deixar-se guiar por Cristo para, desta forma, chegar ao conhecimento da Verdade e das verdades que formam o conteúdo da fé. Este conhecimento, diz-nos Clemente, torna-se a alma de uma realidade vivente: não é só uma teoria, é uma força de vida, uma união de amor transformante.<br />
<br />
O conhecimento de Cristo não é só pensamento, mas é amor que abre os olhos, transforma o homem e gera comunhão com o Logos, com o Verbo divino que é verdade e vida.<br />
<br />
Nesta comunhão, que é o conhecimento perfeito e amor, o cristão perfeito alcança a contemplação, a unificação com Deus.<br />
<br />
Clemente retoma finalmente a doutrina segundo a qual o fim último do homem é tornar-se semelhante a Deus. Somos criados à imagem e semelhança de Deus, mas isto ainda é um desafio, um caminho; de facto, a finalidade da vida, o destino último é verdadeiramente tornar-se semelhantes a Deus. Isto é possível graças à conaturalidade com Ele, que o homem recebeu no momento da criação, pelo que ele já é em si já em si a imagem de Deus. Esta conaturalidade permite conhecer as realidades divinas, às quais o homem adere antes de tudo pela fé e, através da fé vivida, da prática da virtude, pode crescer até à contemplação de Deus. Assim, no caminho da perfeição, Clemente atribui à exigência moral a mesma importância que atribui à intelectual. Os dois caminham juntos porque não se pode conhecer sem viver e não se pode viver sem conhecer. A assimilação a Deus e a contemplação d'Ele não podem ser alcançadas unicamente com o conhecimento racional: para esta finalidade é necessária uma vida segundo o Logos, uma vida segundo a verdade. E por conseguinte, as boas obras devem acompanhar o conhecimento intelectual como a sombra segue o corpo.<br />
<br />
Principalmente duas virtudes ornamentam a alma do "verdadeiro gnóstico". A primeira é a liberdade das paixões (apátheia); a outra é o amor, a verdadeira paixão, que garante a união íntima com Deus. O amor doa a paz perfeita, e coloca o "verdadeiro gnóstico" em condições de enfrentar os maiores sacrifícios, também o sacrifício supremo no seguimento de Cristo, e fá-lo subir de degrau em degrau até ao vértice das virtudes. Assim o ideal ético da filosofia antiga, isto é, a libertação das paixões, é definido e conjugado por Clemente com amor, no processo incessante de assimilação a Deus.<br />
<br />
Deste modo o Alexandrino constrói a segunda grande ocasião de diálogo entre o anúncio cristão e a filosofia grega. Sabemos que São Paulo no Areópago em Atenas, onde Clemente nasceu, tinha feito a primeira tentativa de diálogo com a filosofia grega e em grande parte tinha falhado mas tinham-lhe dito: "Ouvir-te-emos outra vez". Agora Clemente, retoma este diálogo, e eleva-o ao mais alto nível na tradição filosófica grega. Como escreveu o meu venerado Predecessor João Paulo II na Encíclica Fides et ratio, o Alexandrino chega a interpretar a filosofia como "uma instrução propedêutica à fé cristã" (n. 38). E, de facto, Clemente chegou a ponto de afirmar que Deus dera a filosofia aos Gregos "como um seu próprio Testamento" (Strom. 6, 8, 67, 1). Para ele a tradição filosófica grega, quase ao nível da Lei para os Judeus, é âmbito de "revelação", são duas correntes que, em síntese, se dirigem para o próprio Logos. Assim Clemente continua a marcar com decisão o caminho de quem pretende "dizer a razão" da própria fé em Jesus Cristo. Ele pode servir de exemplo para os cristãos, catequistas e teólogos do nosso tempo, aos quais João Paulo II, na mesma Encíclica, recomendava que "recuperassem e evidenciassem do melhor modo a dimensão metafísica da verdade, para entrar num diálogo crítico e exigente com o pensamento filosófico contemporâneo".<br />
<br />
Concluímos fazendo nossas algumas expressões da célebre "oração a Cristo Logos", com a qual Clemente encerra o seu Pedagogo. Ele suplica assim: "Sê propício aos teus filhos"; "Concede que vivamos na tua paz, que sejamos transferidos para a tua cidade, que atravessemos sem ser submergidos as ondas do pecado, que sejamos transportados em tranquilidade pelo Espírito Santo e pela Sabedoria inefável: nós, que de noite e de dia, até ao último dia cantamos um cântico de acção de graças ao único Pai,... ao Filho pedagogo e mestre, juntamente com o Espírito Santo. Amém!" (Ped. 3, 12, 101).</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-52282424348512424822019-12-04T08:44:00.000-08:002019-12-04T08:44:56.057-08:00Santa Bárbara de Nicomédia 4 de dezembro<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HsRNnayZWh9AQaYpgqlNQuCLqlDfY8YhDXjL2cDKEL9LhxWegW7z_u113Tl_pP4wZUFaiMOlrA-X5MUoyBs5PtXvBLmrxQtsXcgSeYPVPTr_0TWhobxKdDRbD3u24wj3UBbbybS4OHg/s1600/St._Barbara_-_Vieira_Lusitano_-_1736-40_-_oil_on_canvas.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1088" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HsRNnayZWh9AQaYpgqlNQuCLqlDfY8YhDXjL2cDKEL9LhxWegW7z_u113Tl_pP4wZUFaiMOlrA-X5MUoyBs5PtXvBLmrxQtsXcgSeYPVPTr_0TWhobxKdDRbD3u24wj3UBbbybS4OHg/s320/St._Barbara_-_Vieira_Lusitano_-_1736-40_-_oil_on_canvas.JPG" width="235" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Bárbara de Nicomédia (Nicomédia, c. 280 - Nicomédia, c. 317) foi uma virgem mártir do século III comemorada como santa cristã na Igreja Católica Romana, na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana. Em Portugal e no Brasil, tornou-se popular a devoção à Santa Bárbara, invocada como protetora por ocasião de tempestades, raios e trovões, dando origem à expressão Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja..</div>
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Ela é comemorada no dia 4 de dezembro</div>
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<br /></div>
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Santa Bárbara foi, segundo a Tradição católica, uma jovem nascida na cidade de Nicomédia (na região da Bitínia), atual İzmit, Turquia nas margens do Mar de Mármara, isto nos fins do século III da Era cristã. A moça era a filha única de um rico e nobre habitante desta cidade do Império Romano chamado Dióscoro.[1]</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por ser filha única e com receio de deixar a filha no meio da sociedade corrupta daquele tempo, Dióscoro decidiu fechá-la numa torre. Santa Bárbara na sua solidão, tinha a mata virgem como quintal, e questionava-se se de fato, tudo aquilo era criação dos ídolos que aprendera a cultuar com seus tutores naquela torre.[1]</div>
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Por ser muito bela e, acima de tudo, rica, não lhe faltavam pretendentes para casamentos, mas Bárbara não aceitava nenhum.</div>
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Desconcertado diante da cidade, Dióscoro estava convencido que as "desfeitas" da filha justificavam-se pelo fato dela ter ficado trancada muitos anos na torre. Então, ele permitiu que ela fosse conhecer a cidade; durante essa visita ela teve contato com cristãos, que lhe contaram sobre os ensinamentos de Jesus sobre o mistério da união da Santíssima Trindade. Pouco tempo depois, um padre vindo de Alexandria a batizou.[1]</div>
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Em certa ocasião, seu pai "decidiu construir uma casa de banho com duas janelas para Bárbara. Todavia, dias mais tarde, ele viu-se obrigado a fazer uma longa viagem. Enquanto Dióscoro viajava, Barbara ordenou a construção de uma terceira janela na torre, visto que a casa de banho ficara na torre. Além disso, ela esculpira uma cruz sobre a fonte".[1]</div>
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<br /></div>
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O seu pai Dióscoro, quando voltou, reparou que a torre onde tinha trancado a filha tinha agora três janelas em vez das duas que ele mandara abrir. Ao perguntar à filha o porquê das três janelas, ela explicou-lhe que isso era o símbolo da sua nova Fé. Este fato deixou o pai furioso, pois ela se recusava a seguir a Religião da Roma Antiga.[1]</div>
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Debaixo de um impulso e fúria, e obedecendo a suas tradições romanas, Dióscoro denunciou a própria filha ao prefeito Marciniano que a mandou torturar numa tentativa de a fazer renunciar sua fé, fato que não aconteceu. Assim, Márcio condenou-a à morte por degolação".[1]</div>
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<br /></div>
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Durante sua tortura em praça pública, uma jovem cristã de nome Juliana denunciou os nomes dos carrascos, e imediatamente foi presa e entregue à morte juntamente com Bárbara.[1]</div>
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Ambas foram levadas pelas ruas de Nicomédia por entre os gritos de raiva da multidão. Bárbara teve os seios cortados, depois foi conduzida para fora da cidade onde o seu próprio pai a executou, degolando-a. Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão estrondou pelos ares fazendo tremer os céus. Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo sem vida de Dióscoro.[1]</div>
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Santa Bárbara passou a ser conhecida como "protetora contra os relâmpagos e tempestades" e é considerada a Padroeira dos artilheiros, dos mineiros e de todos quantos trabalham com fogo.</div>
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Santa Bárbara é frequentemente retratada com correntes em miniatura e uma torre.</div>
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Como uma das catorze santas auxiliares, Barbara continua a ser uma santa popular nos tempos modernos.</div>
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O nome de Santa Bárbara era conhecido em Roma no século VII; seu culto pode ser rastreado até o século IX, primeiro no Oriente. Como não há menção a ela nos martirológicos anteriores, sua historicidade é considerada duvidosa.</div>
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Várias versões, que incluem duas peças de mistério sobreviventes, diferem na localização de seu martírio, que é dado de várias maneiras como Toscana, Roma, Antioquia, Baalbek e Nicomedia.</div>
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Santa Bárbara é um dos catorze santos auxiliares. Sua associação com o raio, que matou seu pai, fez com que ela fosse invocada contra raios e fogo; por associação com explosões, ela também é a patrona da artilharia e mineração.</div>
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Sua festa em 4 de dezembro foi introduzida em Roma no século XII e incluída no calendário tridentino . Em 1729, essa data foi designada para a celebração de São Pedro Crisólogo, reduzindo a de Santa Bárbara a uma comemoração em sua missa. Em 1969, foi removida desse calendário, porque os relatos de sua vida e martírio foram considerados inteiramente fabulosos, sem clareza até sobre o local de seu martírio.</div>
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No século XII, as relíquias de Santa Bárbara foram trazidas de Constantinopla para o Mosteiro com Cúpula Dourada de São Miguel em Kiev, onde foram mantidas até a década de 1930, quando foram transferidas para a Catedral de São Volodymyr na mesma cidade. Em novembro de 2012, seu patriarca de santidade, Filaret, da Igreja Ortodoxa Ucraniana - Patriarcado de Kiev, trouxe uma pequena parte das relíquias de Santa Bárbara à Catedral Ortodoxa Ucraniana de Santo André, em Bloomingdale, Illinois.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-91780755837749055702019-12-04T08:32:00.001-08:002019-12-04T08:32:58.131-08:00São João Damasceno 04 de dezembro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_DFDxtO7TjeyQaXJwP2HeMwCtQunPpeDFJmHbPUsWNza_I5Yp_-8ul5PMH9gROeE9pt_YiIvwD-qZtFsXDPN8vWYDDX1WUVmScKd2hFSR3zUnNlATkStetu6oytd_p5zNURRbtQOyxEA/s1600/St_john_damascus.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_DFDxtO7TjeyQaXJwP2HeMwCtQunPpeDFJmHbPUsWNza_I5Yp_-8ul5PMH9gROeE9pt_YiIvwD-qZtFsXDPN8vWYDDX1WUVmScKd2hFSR3zUnNlATkStetu6oytd_p5zNURRbtQOyxEA/s1600/St_john_damascus.gif" /></a></div>
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João Damasceno ou João de Damasco (em grego: Ἰωάννης ὁ Δαμασκηνός; transl.: Iōannēs ho Damaskēnos; em latim: Iohannes Damascenus; 675 - 4 de dezembro de 749), dito Crisórroas (Chrysorrhoas; "boca de ouro"), foi um monge e sacerdote sírio. Nascido e criado em Damasco, morreu em seu mosteiro, Mar Saba, perto de Jerusalém. Um polímata cujos interesses incluíam direito, teologia e música, algumas fontes afirmam que serviu como administrador-chefe do califa de Damasco antes de sua ordenação.</div>
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Escreveu obras explicando a fé cristã e compôs hinos que ainda são utilizados na liturgia no cristianismo oriental por todo o mundo. João é considerado "o último dos Padres da Igreja" pela Igreja Ortodoxa e é mais conhecido por sua contundente defesa da veneração de ícones. A Igreja Católica o considera um Doutor da Igreja, geralmente chamado de "Doutor da Assunção" por causa de suas obras sobre a Assunção de Maria.</div>
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Biografia</h3>
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A fonte de informações sobre a vida de João Damasceno mais utilizada é uma obra atribuída a João de Jerusalém, que se identifica nela como patriarca de Jerusalém, uma tradução para o grego de um original árabe. Este original, por sua vez, não contém um prólogo encontrado na maioria das traduções e foi escrita por um monge chamado "Miguel". Ele explica que decidiu escrever a biografia em 1084 por que não havia nenhuma disponível na época. Porém, a parte principal do texto parece ter sido escrita por um autor anterior em algum momento entre o início do século IX e o final do X em árabe. Escrita de um ponto de vista hagiográfico, propenso a exageros e detalhes lendários, a obra não é uma fonte ideal para informações sobre a vida de João, mas contém alguns elementos valiosos e foi amplamente reproduzida.</div>
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A novela hagiográfica "Barlaão e Josafá", tradicionalmente atribuída a João, é, na realidade, uma obra do século X de autor desconhecido.</div>
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João nasceu numa proeminente família conhecida como Almançor (em árabe: المنصور - al-Mansǔr: "vitoriosa") em Damasco no século VII. Seu nome completo era Iuana/Iana ibne Almançor ibne Sarjum (em árabe: منصور بن سرجون, lit. 'Yuhanna/Yanah ibn Mansur ibn Sarjun'), em homenagem ao seu avô, que havia sido responsável pela coleta de impostos na região sob o imperador bizantino Heráclio (r. 610–641).A falta de documentação atestando a sua linhagem tribal específica levou diversos acadêmicos a colocá-lo entre os Taglibe ou os Calbe, duas proeminentes tribos cristãs-árabes do Deserto da Síria. Outros sugerem que ele pode ter sido um sírio de origem não-árabe. Qualquer que seja o caso, João Damasceno tinha dois nomes: João, seu nome cristão, e seu nome árabe, citado como Cureim (Qurein), Iana (Yana) ou Iaana (Yahanna).</div>
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<br /></div>
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Eutíquio, um patriarca melquita do século X, menciona um certo governador árabe da cidade que teria rendido-a aos muçulmanos, provavelmente o avô de João, Almançor ibne Sargum. Quando a região caiu sob o jugo dos omíadas no final do século VII, a corte de Damasco manteve seu grande contingente de servidores civis cristãos, inclusive o avô de João. O pai dele, Sargum (Sérgio) ou ibne Almançor, continuou a servir os califas omíadas. De acordo com João de Jerusalém e algumas versões posteriores de sua vida, após a morte do pai, João também serviu na corte do califa antes de se tornar monge. Esta tese tem sido questionada uma vez que ele não é mencionado nas fontes muçulmanas, que, contudo, citam seu pai.[18] Além disso, as obras do próprio João Damasceno jamais fizeram referência à qualquer experiência na corte muçulmana por parte dele. Acredita-se que João tenha se tornado monge em Mar Saba e que foi ordenado sacerdote em 735.</div>
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<br /></div>
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Educação</div>
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Uma das biografias se João descreve o plano de seu pai para ele, de "aprender não apenas através dos livros dos muçulmanos, mas dos gregos também". A partir disso, sugere-se que João possa ter sido criado de forma bilíngue. Ele de fato mostra algum conhecimento do Corão, que critica duramente.</div>
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<br /></div>
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Outras fontes descrevem a sua educação em Damasco como tendo sido conduzida de acordo com os princípios da educação helenística, chamada de "secular" por uma fonte e "cristã clássica" por outra.Um relato identifica seu tutor como um monge chamado Cosme, que teria sido raptado pelos árabes de sua casa na Sicília, e por quem o pai de João teria pago uma grande quantia. Sob a batuta de Cosme, que também ensinava para o amigo órfão de João (que ficaria conhecido como Cosme de Maiuma), acredita-se que João tenha feito grandes avanços em música, astronomia e teologia, logo rivalizando Pitágoras em aritmética e Euclides em geometria</div>
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Defesa dos ícones</div>
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Ver artigo principal: Iconoclasma</div>
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Iluminura mostrando o patriarca João VII Gramático destruindo um ícone.</div>
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Detalhe do Saltério de Chludov</div>
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No início do século VIII, o iconoclasma, um movimento que buscava proibir a veneração de ícones, ganhou força no Império Bizantino. Em 726, apesar dos protestos do patriarca constantinopolitano Germano I, o imperador Leão III, o Isauro (r. 717–741) emitiu seu primeiro édito contra a veneração de imagens e sua exibição em lugares públicos.[23] Um escritor talentoso – e protegido por estar em território do califa – João Damasceno iniciou uma vigorosa defesa das imagens sagradas em três publicações separadas. A mais antiga, chamada "Tratados Apologéticos contra a Condenação das Imagens Sagradas", assegurou a sua reputação. Ele não somente atacou o imperador, mas adotou um estilo simples que permitiu que a controvérsia fosse acompanhada pelo povo mais simples, estimulando a rebelião entre os fiéis. Posteriormente, suas obras também teriam um papel importante durante o Segundo Concílio de Niceia (787), que se reuniu justamente para tratar do assunto.</div>
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<br /></div>
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A biografia de João Damasceno reconta pelo menos um episódio considerado como improvável ou lendário[24][25] Ela relata que Leão III enviou documentos falsificados para o califa que implicavam João numa conspiração para atacar Damasco. O califa teria então ordenado que a mão direita de João fosse amputada e pendurada em lugar público. Alguns dias depois, João pediu a restituição de sua mão e rezou fervorosamente pela intervenção da Teótoco (Virgem Maria) perante seu ícone. Logo em seguida, sua mão teria sido milagrosamente curada[24]. Em agradecimento pela cura milagrosa, ele anexou uma mão de prata ao ícone, que passou a ser conhecido a partir daí como "Três mãos" ou "Tricheirousa".[26] A biografia continua afirmando que, depois deste evento, João pediu permissão para deixar seu posto e se retirou para o mosteiro de Mar Saba. Um editor de suas obras, o padre Michel Le Quien, demonstrou, porém, que João de Damasco já era monge em Mar Saba antes da disputa iconoclasta, um fato que só torna a história ainda mais improvável[24]. Já se argumentou que João havia deixado Damasco para se tornar monge em 706, quando Ualide I (r. 705–715) tornou mais agressiva a islamização entre os servidores do califado.[27] Fontes muçulmanas mencionam apenas que Sarjum, pai de João, teria deixado a administração nesta época, sem mencionar João.[18]</div>
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Anos finais e devoção</div>
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João morreu em 749[1] e foi logo reconhecido como santo. Em 1883 a Santa sé declarou-o Doutor da Igreja.[23] Quando o nome de São João Damasceno foi inserido no Calendário Geral Romano, em 1890, ele era festejado em 27 de março. Esta data sempre cai na Quaresma, um período no qual não se comemoram os memórias obrigatoriamente. Em 1969, ela foi mudada para o dia da morte do santo, 4 de dezembro, dia no qual ela é celebrada também na Igreja Ortodoxa[28] e pelos luteranos.[29]</div>
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<br /></div>
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Lista de obras</div>
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Ioannis Damasceni Opera, 1603</div>
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Além de suas obras puramente textuais, muitas das quais estão listadas abaixo, João Damasceno também compôs hinos, aperfeiçoando o "canon", um hino de forma estruturada utilizado na Igreja Ortodoxa.[30]</div>
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Primeiras obras</div>
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Os três "Tratatos Apologéticos contra a Condenação das Imagens Sagradas" estão entre as suas primeiras obras em resposta ao édito do imperador bizantino Leão III, o Isáurio (r. 717–741) contra a veneração e exibição das imagens sagradas.[31]</div>
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Ensinamentos e obras dogmáticas</div>
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"Fonte de Conhecimento" ou "Fonte da Sabedoria", dividida em três partes:</div>
<div style="text-align: justify;">
Capítulos filosóficos (Kephálaia philosophiká) – Geralmente chamados de "Dialética", lida principalmente com lógica, sendo o seu principal objetivo preparar o leitor para melhor entender o resto do livro.</div>
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Sobre a Heresia (Perì hairéseōn) – O último capítulo desta parte (cap. 101) lida com a heresia dos ismaelitas.[32] Ao contrário das seções anteriores, devotadas a combater outras heresias, dispostas em poucas linhas de forma sucinta, este capítulo cobre várias páginas. É um dos primeiros exemplos de escritos polêmicos contra o Islã e o primeiro escrito por um membro da ortodoxia bizantina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma Composição Exata da Fé Ortodoxa (Ékdosis akribès tēs Orthodóxou Písteōs) – Um sumário do escritos dogmáticos dos primeiros Padres da Igreja. Foi a primeira obra do escolasticismo no cristianismo oriental e uma importante influência no pensamento escolástico posterior.[33]</div>
<div style="text-align: justify;">
Contra os Jacobitas</div>
<div style="text-align: justify;">
Contra os Nestorianos</div>
<div style="text-align: justify;">
Diálogo contra os Maniqueístas</div>
<div style="text-align: justify;">
Introdução Elementar nos Dogmas</div>
<div style="text-align: justify;">
Carta sobre o Hino Três Vezes Sagrado</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre o Pensamento Correto</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre a Fé, contra os Nestorianos</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre as Duas Vontades em Cristo (Contra os Monotelitas)</div>
<div style="text-align: justify;">
Paralelos Sagrados (de atribuição dúbia)</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre Dragões e Fantasmas</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-15374754142697731972017-07-27T07:27:00.003-07:002017-07-27T07:27:55.611-07:00Santa Bartolomea, 27 de julhoSanta Bartolomea Capitanio<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt0qa3NoGC7qQ905wDS_tdukmSrdzjh9gMz5-q_sxEglCpkaw_FWlmAnKgP5bqR1-uNJ6dqssaM_VkIRW9fhMQJOp435Ehysk-GHxJXEtiyrJLlUDDwhLOXoyYzi2GzfnYrm1OyH1cesg/s1600/a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="503" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt0qa3NoGC7qQ905wDS_tdukmSrdzjh9gMz5-q_sxEglCpkaw_FWlmAnKgP5bqR1-uNJ6dqssaM_VkIRW9fhMQJOp435Ehysk-GHxJXEtiyrJLlUDDwhLOXoyYzi2GzfnYrm1OyH1cesg/s320/a.jpg" width="254" /></a></div>
<br />
Bartolomea Capitanio nasceu em Lovere, Bérgamo, na região da Lombardia no norte da Itália, no dia 13 de janeiro de 1807, filha de Modesto e de Catarina Canossi.<br />
Desde menina, Santa Bartolomea se mostrou precoce e esperta, e com grande interesse por ensinar. Com todo seu afã por aprender, aos 11 anos ingressou no Mosteiro das Clarissas de Lovere, e em 1822 obteve o diploma de educadora. Naquele educandário, graças à direção de uma superiora culta e piedosa, Irmã Francisca Parpani, Bartolomea fez grandes progressos nos estudos e na via da perfeição. Dois anos depois voltou para casa, onde abriu uma pequena escola para meninas pobres.<br />
Rica de dons e naturalmente expansiva, Bartolomea não tardou a voltar sua atenção para outro campo de apostolado: a juventude feminina, na qual as ideias péssimas da Revolução Francesa tinham deixado sinais de ruína e falta de orientação moral.<br />
Devido sua atividade pedagógica manteve contato com outra pessoa também original de Lovere, e que como ela atingiria a santidade. De fato, Santa Bartolomea Capitanio entrou em contato com Santa Vicência Gerosa (1784-1847) (28 de junho), a qual seria sua amiga, companheira e com quem executaria seus planos. Em 1829, Santa Bartolomea começou a trabalhar como diretora no hospital para pobres que tinha sido fundado pelas irmãs Gerosa na mesma cidade de Lovere.<br />
Durante os exercícios espirituais feitos em Sellere, em 1829, Bartolomea escreveu a Regra de uma nova Instituição, para a qual havia conquistado a adesão de Vicência Gerosa. Quando estas duas amigas se conhecem mais intimamente e trocam ideias, ambas contemplam a grandiosa possibilidade de trabalharem juntas pela juventude, principalmente pelas jovens.<br />
Assim, fundam a Congregação das Irmãs de Maria Menina, em 1832, instalando-se em um antigo edifício abandonado que tinha o nome de Casa Gaya, e que as pessoas começaram a chamar "o Conventinho".<br />
Após terem feito os votos solenes de pobreza, obediência e caridade, ofereceram a si mesmas ao serviço dos pobres. Na nova casa se concentraram as obras já iniciadas por Bartolomea: a escola gratuita para as filhas do povo, o orfanato com dez alunas, as reuniões festivas, as pias uniões e a assistência a quantos buscassem ajuda moral e material.<br />
Em 22 de junho de 1833, Bartolomea e Vicência apresentam o Capítulo Jurídico em catorze artigos, declarando unir-se em sociedade legal, que foi reconhecida pelo governo austríaco (a região então fora anexada a Áustria).<br />
A obra de ambas foi crescendo com uma rapidez assombrosa, acolhendo cada vez mais discípulas. Entretanto, Bartolomea somente pode dedicar-se à sua fundação por pouco tempo: no dia 26 de julho de 1833, a morte interrompia sua existência breve de anos, mas rica de obras.<br />
Santa Bartolomea Capitanio destacou-se na perfeição do serviço ao próximo. Foi canonizada junto com Santa Vicência Gerosa em 1950 pelo Papa Pio XII.<br />
Com a morte de Bartolomea o Instituto parecia que iria naufragar, mas foi se desenvolvendo lentamente, e sem interrupção. Em 21 de novembro de 1835 teve lugar a vestição solene das primeiras Irmãs e a eleição de Vicência Gerosa como superiora. Em 21 de maio de 1837 fundou-se o orfanato de Santa Clara em Bérgamo; em 29 de junho de 1840 o Instituto recebeu a aprovação da Santa Sé e em fevereiro de 1841 a aprovação definitiva da Corte de Viena. Em 12 de março de 1842 foi criada a primeira fundação em Milão; em 7 de fevereiro de 1860 as quatro primeiras Irmãs missionárias partiram para a Índia (Bengala), chamadas por Mons. Marinoni. As Irmãs de Maria Menina são hoje cerca de dez mil, compreendendo setecentas casas.espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-74963049552181513392017-06-23T17:06:00.000-07:002017-06-23T17:06:28.737-07:00Nascimento de João Batista, 24 de junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAbPrCp91X2GCCnI4GAl_4R1i7s1ccksIpwWcW7Y0aIrzGMXbySWG28n09MFcwTZ-eVjiP3leKcvPwmEl7oMeYWq6FIhY7-CXe-uq0Bp8y72QCqQxkEdAziEUetlL72pdiP1Bh9kqMAe0/s1600/qq.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="610" height="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAbPrCp91X2GCCnI4GAl_4R1i7s1ccksIpwWcW7Y0aIrzGMXbySWG28n09MFcwTZ-eVjiP3leKcvPwmEl7oMeYWq6FIhY7-CXe-uq0Bp8y72QCqQxkEdAziEUetlL72pdiP1Bh9kqMAe0/s320/qq.jpg" width="320" /></a></div>
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O Nascimento de João Batista (ou Dia de São João ou Nascimento do Precursor ) é uma festa cristã celebrando o nascimento de João Batista, um profeta que previu o advento do Messias na pessoa de Jesus Cristo e o batizou. Esta festa é amplamente comemorada no mundo cristão no dia 24 de junho e é uma das festas juninas. É também o único santo cujo nascimento e martírio, este último em 29 de Agosto, são evocados em duas solenidades pelo povo cristão[1].</div>
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<br /></div>
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A noite de 23 de Junho, véspera do Dia de São João, marca o início da celebração da festa de São João Batista. O Evangelho de Lucas (Lucas 1:36, 56-57) afirma que João nasceu cerca de seis meses antes de Jesus; portanto, a festa de São João Batista foi fixada em 24 de junho, seis meses antes da véspera de Natal. Este dia de festa é um dos poucos dias santos que comemora o aniversário do nascimento, ao invés da morte, do santo homenageado.</div>
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<br /></div>
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A festa se originou na Idade Média na celebração dos chamados Santos Populares (Santo António, São Pedro e São João; ver Festa de São Pedro e São Paulo). Além de São João, comemorado no dia 24, os outros são São Pedro (no dia 29) e Santo António (no dia 13). Em Portugal, as festas dos três marcam o início das festas católicas em todo o país.[2]</div>
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<br /></div>
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João Batista é o único santo, além da Virgem Maria, de que se celebra o nascimento tanto para a terra, quanto para o céu. Segundo os evagelhos, é o maior dos profetas (Lc 7, 26-28), porque pôde apresentar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29. 36). Sua vocação reveste-se de acontecimentos extraordinários, repletos de júbilo messiânico, que preparam o nascimento de Jesus (cf. Lc 1, 14. 58). João é precursor de Cristo pela palavra e pela vida (Mc 3, 11).</div>
<div style="text-align: justify;">
O cristãos há muito interpretam a vida de João Batista como uma preparação para o advento de Jesus e as circunstâncias de seu nascimento, relatados no Novo Testamento, são também milagrosos. O único relato bíblico sobre o nascimento do profeta está no Evangelho de Lucas. Os pais de João, Zacarias - um sacerdote judeu - e Isabel não tinham filhos e já haviam passado da idade de tê-los. Durante uma jornada de trabalho servindo no Templo de Jerusalém, ele foi escolhido por sorteio para oferecer incenso no Altar Dourado no Santo dos Santos.</div>
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<br /></div>
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O Arcanjo Gabriel apareceu para ele e anunciou que a esposa de Zacarias iria dar à luz uma criança e que ele deveria chamá-lo de João. Porém, por não ter acreditado na mensagem de Gabriel, Zacarias perdeu a voz. Com o nascimento de seu filho, seus parentes quiseram então dar-lhe o nome do pai e Zacarias, sem poder falar, escreveu: "Seu nome é João", tendo sua voz devolvida[3]. A importância do nome advém do seu significado que é "Deus é propício"[4]. Depois de ter obedecido o comando de Deus, ele recebeu o dom da profecia e previu o futuro de João[5]. O cântico que Zacarias profere em seguida, chamado Benedictus, é utilizado até hoje nos serviços litúrgicos de diversas denominações cristãs[6].</div>
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Na Anunciação, quando o Arcanjo Gabriel apareceu para a Virgem Maria para informá-la que ela iria conceber seu filho Jesus através do Espírito Santo, ele também a informou de que Isabel, sua prima, já estava grávida de seis meses[7]. Maria então viajou para visitar Isabel. O Evangelho de Lucas relata que o bebê "chutou" no ventre de Isabel quando ela cumprimentou Maria[8].</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-26429013548318862762017-06-22T18:03:00.000-07:002017-06-22T18:03:21.338-07:00São José Cafasso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN_b52qNQyzwIL8vVU1YiX7aXh9y4JfVoIZBbHWPcYYu0GCm9VSktrIGzLn7IIXPf0koTJI4xQMsQlAlymXs0u3PL0ww-7X7g_XvuHk3Co2YCaQZ91dJQukKcznKQ30oVrd91drxF132Q/s1600/qq.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="650" data-original-width="432" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN_b52qNQyzwIL8vVU1YiX7aXh9y4JfVoIZBbHWPcYYu0GCm9VSktrIGzLn7IIXPf0koTJI4xQMsQlAlymXs0u3PL0ww-7X7g_XvuHk3Co2YCaQZ91dJQukKcznKQ30oVrd91drxF132Q/s320/qq.jpg" width="212" /></a></div>
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José Cafasso nasceu em Castelnuovo Don Bosco, no ano de 1811. Desde criança sentiu-se chamado ao sacerdócio.</div>
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Foi ordenado padre aos vinte e três anos de idade. Destacou-se pelo serviço aos pobres e o zelo pela salvação das almas. Depois de dedicado trabalho na igreja São Francisco de Assis, em Turim, foi nomeado reitor e formador de novos sacerdotes: estima-se que tenha formado mais de cem sacerdotes. Era curvado, devido a um problema na coluna.</div>
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São João Bosco foi um dos vocacionados por São José Cafasso, que o serviu como professor, conselheiro e director espiritual por 20 anos[1].</div>
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É considerado co-fundador dos Salesianos[2].</div>
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Por vários anos dedicou-se à confissão dos encarcerados e encarceradas: era certo de que queria ouvir os presos e condenados, e consola-los mesmo depois da Confissão. Ficou famoso por suas constantes visitas às prisões, e nos enforcamentos que eram realizados em sua cidade. Dentre os vários ofícios que assumidos, destacava-se a evangelização aos condenados à morte, tanto que é conhecido como o Santo da Forca.</div>
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Faleceu jovem, em 23 de junho de 1860 com qüarenta e nove anos de idade.</div>
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Sua festa litúrgica é celebrada aos 23 de junho.</div>
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Foi canonizado em 1947 pelo Papa Pio XII[3].</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-21855868831256699552017-06-22T18:01:00.000-07:002017-06-22T18:01:37.799-07:00Papa Inocêncio V<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjL8e2j1eERBP4bGjzBhM2l8R1Z2tAaN0Bj3zkrIskY5iB2jUrB1xyFKZ7qsqP753KzHizxcYFNfsgf2oZQSS9aoSUMz89ycL6XhPA_pnv41BQ9GZRhCLhDv5mkj4tU-VgGdahmvCEDXY/s1600/ww.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="614" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjL8e2j1eERBP4bGjzBhM2l8R1Z2tAaN0Bj3zkrIskY5iB2jUrB1xyFKZ7qsqP753KzHizxcYFNfsgf2oZQSS9aoSUMz89ycL6XhPA_pnv41BQ9GZRhCLhDv5mkj4tU-VgGdahmvCEDXY/s320/ww.jpg" width="307" /></a></div>
Beato Inocêncio V OP, nascido Pierre de Tarentaise (Tranatsia (Borgonha), 1225 - Roma, 22 de Junho de 1276). Foi eleito Papa a 21 de Janeiro de 1276, durando o seu pontificado apenas 5 meses, até o dia de sua morte. É venerado como Santo.<br />
<br />
Na juventude abraçou a Ordem dos Pregadores, na qual teve grande fama de pregador, ao ponto de ser chamado de «doctor famosissimus». Estudante na Universidade de Paris teve como professores Alberto Magno e Tomás de Aquino. Após ter sido provincial, foi eleito arcebispo de Lyon e portanto Primaz das Gálias. Em 1273, foi feito Cardeal-Bispo de Ostia. Teve um importante papel no II Concílio de Lyon e pronunciou a oração fúnebre de São Boaventura.<br />
<br />
O único apontamento digno de nota no seu breve pontificado foi o seu desejo de reunir-se com a Igreja Oriental.<br />
<br />
Autor de diversa obra de filosofia, teologia, e direito canónico, incluindo comentários às epístolas de São Paulo e às Sentenças de Pedro Lombardo.<br />
<br />
Foi beatificado por Leão XIII a 13 de Março de 1878. Sua memória se dá a 23 de Junho.espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-47207092067920597182017-06-22T18:00:00.000-07:002017-06-22T18:00:04.266-07:00Thomas More<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpP5rEWB8Lr46UbUoRtekLM7ngeZvAjXae_g59Vifyz01iGVqLHwDYhIyD0NGLZENJ1QRNv92PvNNHGP-bKh1Ui6jMcoRYXbWOElMb7glngqbvxOnTVtBnT67A6r-e_IFZTxh6o-0UIC4/s1600/e.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpP5rEWB8Lr46UbUoRtekLM7ngeZvAjXae_g59Vifyz01iGVqLHwDYhIyD0NGLZENJ1QRNv92PvNNHGP-bKh1Ui6jMcoRYXbWOElMb7glngqbvxOnTVtBnT67A6r-e_IFZTxh6o-0UIC4/s1600/e.jpg" /></a></div>
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Thomas More, Thomas Morus ou Tomás Moro (Londres, 7 de fevereiro de 1478 — Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Sua principal obra literária é Utopia[1].</div>
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Foi canonizado como mártir da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.</div>
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Thomas More chegou a se autodescrever como "de família honrada, sem ser célebre, e um tanto entendido em letras". Era filho do juiz sir John More, investido cavaleiro por Eduardo IV, e de Agnes Graunger. Casou-se com Jane Colt em 1505, em primeiras núpcias, tendo tido como filhos: Margaret, Elizabeth, Cecily e John. Jane morreu em 1511 e Thomas More casou-se em segundas núpcias com lady Alice Middleton. More era homem de muito bom humor, caseiro e dedicado à família, muito próximo e amigo dos filhos. Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam e Luis Vives.</div>
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Deu aos filhos uma educação excepcional e avançada para a época, não discriminando a educação dos filhos e das filhas. A todos indistintamente fez estudar latim, grego, lógica, astronomia, medicina, matemática e teologia. Sobre esta família escreveu Erasmo: "Verdadeiramente, é uma felicidade conviver com eles."</div>
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Sobre sua vida privada disse João Paulo II: "A sua sensibilidade religiosa levou-o a procurar a virtude através duma assídua prática ascética: cultivou relações de amizade com os franciscanos conventuais de Greenwich e demorou-se algum tempo na cartuxa de Londres, que são dois dos focos principais de fervor religioso do Reino. Sentindo a vocação para o matrimônio, a vida familiar e o empenho laical, casou-se em 1505 com Joana Colt, da qual teve quatro filhos. Tendo esta falecido em 1511, Tomás desposou em segundas núpcias Alice Middleton, já viúva com uma filha. Ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos. A sua casa acolhia genros, noras e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Além disso, na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e também a sadias formas de recreação doméstica. Diariamente, Thomas participava na Missa na igreja paroquial, mas as austeras penitências que abraçava eram conhecidas apenas dos seus familiares mais íntimos." [2]</div>
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Fez carreira como advogado respeitado, honrado e competente e exerceu por algum tempo a cátedra universitária. Em 1504, fazia parte da Câmara dos Comuns da qual foi eleito Speaker (ou presidente), tendo ganho fama de parlamentar combativo. Em 1510, foi nomeado Under-Sheriff de Londres, no ano seguinte juiz membro da Commission of Peace. Entrou para a corte de Henrique em 1520 foi várias vezes embaixador do rei e tornou-se cavaleiro (Knight) em 1521. Foi nomeado vice-tesoureiro e depois Chanceler do Ducado de Lancaster e, a seguir, Chanceler da Inglaterra.</div>
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A sua obra mais famosa é "Utopia" (1516) (em grego, utopos = "em lugar nenhum") . Neste livro criou uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspectos desta obra de More é que ela recorreu à alegoria (como no Diálogo do conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo .</div>
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Como intelectual, ele foi inicialmente um humanista no sentido consensual do termo. Latinista, escreveu uma "História de Ricardo III" em texto bilíngüe latim-inglês, em que Shakespeare, mais tarde se basearia para escrever a peça de igual nome. Foi um grande amigo de Erasmo de Roterdão que lhe dedicou o seu "In Praise of Folly" (a palavra "folly" equivale à "moria" em grego).</div>
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Era um leitor das obras de Santo Agostinho e traduziu para o vernáculo "A Vida de Pico della Mirandolla", obras que exerceram sobre ele grande influência. Escolheu John Colet, sacerdote, como diretor espiritual, que lhe estabeleceu um plano intenso de práticas pietistas.</div>
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<br /></div>
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De Morus teria dito Erasmo: "É um homem que vive com esmero a verdadeira piedade, sem a menor ponta de superstição. Tem horas fixas em que dirige a Deus suas orações, não com frases feitas, mas nascidas do mais profundo do coração. Quando conversa com os amigos sobre a vida futura, vê-se que fala com sinceridade e com as melhores esperanças. E assim é More também na Corte. Isto, para os que pensam que só há cristãos nos mosteiros."</div>
<div style="text-align: justify;">
Thomas Wolsey, Arcebispo de York, não foi bem sucedido na sua tentativa de conseguir nem o divórcio, nem a anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão como pretendia Henrique VIII de Inglaterra e foi forçado a demitir-se em 1529. More foi nomeado chanceler em sua substituição, sendo evidente que Henrique ainda não se tinha apercebido da rectidão de caráter de More nesta matéria.</div>
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<br /></div>
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Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem piedoso - More via na anulação do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio. Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo (devido às questões pessoais do soberano que conduziram à crise político-diplomática com Roma), More - apoiante das decisões da Santa Sé e arraigadamente católico - deixa seu cargo de Lord Chancellor do rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.</div>
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<br /></div>
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A reacção de Henrique VIII foi atribuir-se a si mesmo a liderança da Igreja em Inglaterra sendo o sacerdócio obrigado a um juramento ao abrigo do Acto de Supremacia que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.</div>
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<br /></div>
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More escapara, entretanto, a uma tentativa de o implicar numa conspiração. Em 1534, o parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, sua segunda esposa, e (2) repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.</div>
<div style="text-align: justify;">
More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas quais não prestaria o juramento.</div>
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Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill a 6 de julho. Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom humor e, diante das próprias dificuldades reagia com ironia. Mesmo nos últimos quatro dias de vida não abandonou os rigores da penitência, com desejos de purificação.[3] Na segunda-feira, 5 de julho, enviou à sua filha Meg a camisa-cilício e uma pequena carta escrita com a ponta de um graveto. São as últimas palavras que escreveu.[4]</div>
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Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em atenção à importância do condenado o rei, "por clemência", reduziu a pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."</div>
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A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei. Ele está sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.[5]</div>
<div style="text-align: justify;">
Sua trágica morte - condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII de Inglaterra como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja e à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.</div>
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Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886 por decreto do Papa Leão XIII e canonizado, conjuntamente com São João Fisher em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.</div>
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Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, seu genro, William Roper, escreveu sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.</div>
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Em 2000, São Thomas More foi declarado [6] "Patrono dos Estadistas e Políticos" pelo Papa João Paulo II:</div>
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“<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Esta harmonia do natural com o sobrenatural é talvez o elemento que melhor define a personalidade do grande estadista inglês: viveu a sua intensa vida pública com humildade simples, caracterizada pelo proverbial «bom humor» que sempre manteve, mesmo na iminência da morte.</div>
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Esta foi a meta a que o levou a sua paixão pela verdade. O homem não pode separar-se de Deus, nem a política da moral: eis a luz que iluminou a sua consciência. Como disse uma vez, "o homem é criatura de Deus, e por isso os direitos humanos têm a sua origem n'Ele, baseiam-se no desígnio da criação e entram no plano da Redenção. Poder-se-ia dizer, com uma expressão audaz, que os direitos do homem são também direitos de Deus" (Discurso, 7 de abril de 1998). É precisamente na defesa dos direitos da consciência que brilha com luz mais intensa o exemplo de Tomás Moro. Pode-se dizer que viveu de modo singular o valor de uma consciência moral que é "testemunho do próprio Deus, cuja voz e juízo penetram no íntimo do homem até às raízes da sua alma" (Carta enc. Veritatis splendor, 58), embora, no âmbito da acção contra os hereges, tenha sofrido dos limites da cultura de então.[6]</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-43131115091917831742017-06-22T17:56:00.000-07:002017-06-22T17:56:29.536-07:00John Fisher<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_FJO-Rn3wbi6UoZYZyszaImjYi8co2L02oXm-ISCuYZV4QjzjYMdclePthgdaAlcIb9K08WRLLbizV-xQ_OoXY-kWZ8JGWCV03uqjERZ_u-oMBsylv1cMZpnhlY5IkElfdPXQW4tVMr8/s1600/aaq.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="693" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_FJO-Rn3wbi6UoZYZyszaImjYi8co2L02oXm-ISCuYZV4QjzjYMdclePthgdaAlcIb9K08WRLLbizV-xQ_OoXY-kWZ8JGWCV03uqjERZ_u-oMBsylv1cMZpnhlY5IkElfdPXQW4tVMr8/s320/aaq.jpg" width="246" /></a></div>
John Fisher (Beverley, Yorkshire, Inglaterra, c. 1469 — Tower Hill, Tyburn, Londres, 22 de junho de 1535) foi cardeal e bispo de Rochester, na Inglaterra, durante o reinado de Henrique VIII. É venerado como mártir e santo pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana.<br />
Filho de Robert Fisher, rico comerciante, e de sua esposa Agnes, formou-se e conseguiu o doutorado em Teologia na Universidade de Cambridge.<br />
<br />
Permaneceu em Cambridge, no princípio como diretor de sua faculdade, Miachaelhouse, (mais tarde parte do Trinity College) de 1497 a 1501; depois como vice-reitor da Universidade, de 1501 a 1504 e, a final com uma nomeação vitalícia como reitor, a partir de 1504.<br />
<br />
Exerceu uma grande atividade fomentando o humanismo e conseguindo que o humanista holandês Erasmo de Roterdão ensinasse em Cambridge. Não obstante, como eclesiástico, Fisher se opôs de forma enérgica à Reforma Protestante, sobretudo às doutrinas de Martinho Lutero.<br />
Em 17 de dezembro de 1491 foi ordenado sacerdote em York e nomeado vigário de Northallerton. Em 1497 a Condessa Margarida Beaufort de Richmond e Conde Derby, mãe do futuro Henrique VII de Tudor, o elegeu como capelão e confessor pessoal.<br />
<br />
Bispo de Richmond de 1504 (com direito de participar da Câmara dos Lordes), foi tutor do Príncipe Henrique e foi nomeado representante da Coroa Inglesa no Concílio Lateranense V (1512).<br />
Em 1527 opôs-se ao plano do rei Henrique VIII, da Inglaterra, de divorciar-se de Catarina de Aragão, de quem era confessor. Lembrou ao Rei que este não poderia desconsiderar a dispensa dada pelo Papa Júlio II para a realização do casamento.<br />
<br />
Em 1534 recusou-se a jurar obediência ao "Ato de Supremacia" de Henrique VIII de Inglaterra, por isto foi encarcerado na Torre de Londres juntamente com Thomas Morus que igualmente assim tinha procedido. Na prisão, ainda, foi criado Cardeal do Título dos Santos Vital, Valeria, Gervásio e Protásio pelo Papa Paulo III em 17 de Maio de 1535.<br />
<br />
Foi submetido a julgamento, e acusado de ato de traição ao negar-se a aceitar Henrique VIII como cabeça da Igreja.<br />
<br />
Condenado à morte, um mês depois de ter sido preso, em 17 de Junho de 1535, e foi decapitado cinco dias depois, no dia 22.<br />
<br />
Está sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.<br />
<br />
Foi beatificado em 29 de dezembro de 1886 pelo Papa Leão XIII e canonizado pelo Papa Pio XI em 19 de maio de 1935. Sua festa, juntamente com a de São Thomas Morus, comemora-se no dia 22 de junho na Igreja Católica e em 6 de julho na Igreja Anglicana.espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-86267435523224278972017-06-22T17:54:00.000-07:002017-06-22T17:54:07.104-07:00Paulino de Nola<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_RRpFO5VVLRJ63FUHONVaLEg4XYUpxlm1ReTRovMHaBOu3N-K3odeQtQt60U7I-2If2Bq_FSkw-R6rO3RtaNjCHf1qYZhNJt8_qeBrGM01amQz8gPPO_pew2Sxy7NNVZj-54vwQ6lLC0/s1600/d.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_RRpFO5VVLRJ63FUHONVaLEg4XYUpxlm1ReTRovMHaBOu3N-K3odeQtQt60U7I-2If2Bq_FSkw-R6rO3RtaNjCHf1qYZhNJt8_qeBrGM01amQz8gPPO_pew2Sxy7NNVZj-54vwQ6lLC0/s1600/d.png" /></a></div>
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Paulino de Nola (em latim: Paulinus Nolanus), nascido Pôncio Merópio Anício Paulino (em latim: Pontius Meropius Anicius Paulinus), é considerado um dos Padres da Igreja do ocidente. Na sua juventude foi cônsul e exerceu importantes cargos civis até ser batizado. Vendeu seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres e, com sua esposa Terásia, passou a viver vida eremítica.</div>
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Foi ordenado padre em 394 e, em 409, bispo de Nola, no século V diocese situada na província de Nápoles.</div>
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Foi contemporâneo de Santo Agostinho e é venerado como santo pela Igreja Católica.</div>
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<br /></div>
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Governou a Campânia, no sul da Itália, e ficou conhecido pela sua mansidão e sabedoria neste cargo. O início de sua conversão ao cristianismo é fruto do seu contato com a fé simples e intensa do povo desta região. Após a morte de seu filho recém-nascido, decidiu junto com a sua mulher doar os seus bens aos pobres, viver em casta fraternidade e fundar uma comunidade monástica. Sua atividade pastoral ficou marcada pela sua particular atenção para com os pobres, deixando sempre a imagem de autêntico "pastor da caridade".</div>
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<br /></div>
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Deixou escritos vários tratados de teologia e compôs uma colecção de poemas, notáveis pela elegância do seu estilo[1].</div>
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<br /></div>
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Segundo o papa Bento XVI a sua conversão "impressionou aos seus contemporâneos, que o reprovavam o desprezo pelos bens materiais e o abandono da sua vocação de literato, ao que Paulino replicava que a sua entrega aos pobres não significava desprezo pelos bens terrenos, mas o contrário, valorizáva-os ainda mais para o fim mais alto da caridade e que "uma nova estética governava a sua sensibilidade: a beleza de Deus encarnado, crucificado e ressuscitado."" (Audiência geral, 12.dez.2007).</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-59835215198827032742017-06-12T12:06:00.002-07:002017-06-12T12:06:53.088-07:00Santo Onofre, 12 de junho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Ip5Qh25S89G39Ns3QhFu_rXlSMyDhva7X-SPayhX2kzguk9sJbXJpqVwjcjUtqWKcL-swpOTTHegaJ7HfJVx5S-2EDPGhyphenhypheniukfMjUUooQI65AWMZv7qysqXf7E6V6xZAQ3IpT7XIgX8/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="250" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Ip5Qh25S89G39Ns3QhFu_rXlSMyDhva7X-SPayhX2kzguk9sJbXJpqVwjcjUtqWKcL-swpOTTHegaJ7HfJVx5S-2EDPGhyphenhypheniukfMjUUooQI65AWMZv7qysqXf7E6V6xZAQ3IpT7XIgX8/s320/5.JPG" width="163" /></a></div>
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Santo Onofre, Confessor (em grego: ; transl.: Onouphrios; em latim: Onuphrius), considerado santo pela Igreja Católica e venerável pela Igreja Ortodoxa, foi um eremita que viveu no deserto da Tebaida no Alto Egipto, em fins do século IV da era cristã (o seu nome grego pode ser mesmo uma corruptela do termo egípcio Uen-nefer - «o que está sempre feliz, satisfeito» - um epíteto tradicionalmente guardado para o antigo deus egípcio Osíris; de resto, a dificuldade da sua transcrição em outras línguas levou-o, por exemplo, a ser venerado sob o nome de Humphrey, na Inglaterra).</div>
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<br /></div>
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O relato de um seu discípulo, Pafnútio, que o encontrou no deserto egípcio, constitui a nossa única fonte para o conhecimento da vida de Santo Onofre: monge num cenobita da região da Tebaida, abandonou-o para viver uma vida de eremita; durante 60 a 70 anos, Onofre viveu sozinho no deserto, usando apenas, para proteger as partes pudendas, folhas e/ou o seu longo cabelo e barbas.</div>
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No rito ortodoxo, reza a lenda que o Venerável Onofre teria sido uma virtuosa rapariga que, para preservar a sua virgindade de um feroz perseguidor, rezou a Deus para que o transformasse num homem, o que lhe foi concedido pela intervenção providencial; só depois terá fugido para o deserto, tornando-se então eremita [carece de fontes]</div>
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<br /></div>
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Onofre tornou-se bastante representado na arte medieval, sobretudo nas representações de homens selvagens e dos Padres do Deserto.</div>
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Tanto a Igreja Católica como a Igreja Ortodoxa o celebram no dia 12 de Junho.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-56556421741183912072017-02-22T06:15:00.002-08:002017-02-22T06:15:45.255-08:00Santa Margarida de Cortona, 22 de fevereiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKeOfaeAOXu9wPEy-29NCiVBv-ZJ7RS72tX3Urt6zinbjDFQtRY78HAiY5B19a-eWfI9qBUBkrKdVwhRkX360PrNkcHrq_LUqn_Dyp6pFFOX3sfJUxeoEiCvIXedhBq3sayPI8enpWs-g/s1600/aaa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKeOfaeAOXu9wPEy-29NCiVBv-ZJ7RS72tX3Urt6zinbjDFQtRY78HAiY5B19a-eWfI9qBUBkrKdVwhRkX360PrNkcHrq_LUqn_Dyp6pFFOX3sfJUxeoEiCvIXedhBq3sayPI8enpWs-g/s320/aaa.jpg" width="221" /></a></div>
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Filha de camponeses pobres, ficou órfã de mãe aos 7 anos, e, ainda adolescente, viveu como amante de um nobre de Montepulciano, também adolescente como ela, de quem teve um filho. O assassinato do pai da criança em 1273, durante uma caçada, deixou-a como mãe solteira, abandonada tanto pela família do nobre como por seu pai e sua madrasta. Contam os seus biógrafos que o cão do amante regressou a casa e puxando a sua saia a levou a descobrir o local onde estava seu corpo. Estes acontecimentos levaram-na a confessar em público: "Em Montepulciano perdi a honra, a dignidade e a paz"[1]. Arrependeu-se da sua vida passada, dirigiu-se ao Convento Franciscano de Cortona[2] e aí encontrou apoio espiritual. Passados três anos de penitência, decidiu, em 1277, viver em pobreza como Irmã da Ordem Terceira Franciscana, e deixou seu filho entregue aos cuidados de outros franciscanos, em Arezzo. Entregou-se à oração e à caridade e conseguiu apoio para criação em 1278 de uma Confraria de Santa Maria da Misericórdia, uma espécie de hospital onde as mulheres, religiosas ou leigas, podiam assistir e cuidar de doentes, pobres e sem abrigo.</div>
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<br /></div>
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Depois da morte tornou-se popular o seu culto na cidade onde viveu até à morte. O Papa Leão X permitiu que a cidade de Cortona a recordasse com memória litúrgica no dia da sua morte - 22 de Fevereiro. Em 1623 o Papa Urbano VII estendeu essa autorização a toda a Ordem Franciscana, mas só a 16 de maio de 1728 foi oficialmente canonizada pelo Papa Bento XIII[3].</div>
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Santa Margarida de Cortona, pintura de Gaspare Traversi (1722-1770)</div>
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A tradição religiosa católica recorda-a como protetora dos órfãos, mães solteiras, prostitutas, sem abrigo.</div>
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Nas pinturas em sua homenagem aparece com hábito de franciscana e um véu branco, às vezes com um cachorrinho aos pés, ou então como penitente, contemplando a Cruz de Cristo e uma caveira.</div>
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Na primeira metade do século XIX existiu em Lisboa uma instituição pública, na Cordoaria, com o título de Santa Margarida de Cortona[4].</div>
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Em 1950 o realizador italiano Mario Bonnard dirigiu um filme, de carácter dramático e biográgico - Margherita da Cortona -, estreado em Portugal em 1954[5].</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-58070265240245787392017-02-01T10:05:00.003-08:002017-02-01T10:05:49.044-08:00Santa Brígida da Irlanda, 1 de fevereiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwkyj1G9MBUGigP1A9YmNn0-4ptV3hULGO18deiS1sUUeQNN7H_CBPkV0JhxWkKyEK_COwc8_hj8otSo4oRpbJC62gIFtkX0qJItIIF_p5UG93KY6HBSBBp0-bPbrnnzFshE1AJ1aSBvw/s1600/b.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwkyj1G9MBUGigP1A9YmNn0-4ptV3hULGO18deiS1sUUeQNN7H_CBPkV0JhxWkKyEK_COwc8_hj8otSo4oRpbJC62gIFtkX0qJItIIF_p5UG93KY6HBSBBp0-bPbrnnzFshE1AJ1aSBvw/s1600/b.jpg" /></a></div>
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Brígida da Irlanda ou Brígida de Kildare (Brigit, Bridget, Bridgit, Bríd), conhecida na Irlanda como Naomh Bhríde (453 - 524) foi uma religiosa católica irlandesa, freira, abadessa, e fundadora de diversos conventos, que é venerada como santa. É considerada uma das santas padroeiras da Irlanda, juntamente com São Patrício e São Columba. Seu dia, conhecido como Imbolc, e festa é em 1 de fevereiro, o primeiro dia da primavera, que é tradicional na Irlanda.</div>
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Tal como acontece com muitos santos antigos a biografia de Brígida tem sido dificultada pela passagem do tempo. Muita mudança ocorreu dentro do corpo de informação que agora existe. Muitas vezes os limites entre a tradição oral e escrita se tornam difíceis de distinguir.</div>
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<br /></div>
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Segundo a tradição, ela nasceu em Faughart, Irlanda. Devido à lendária qualidade dos primeiros contos de sua vida, não há muita discussão entre muitos estudiosos e mesmo fiéis cristãos quanto à autenticidade de suas biografias. Segundo elas seus pais eram Dubhthach, um pagão de Leinster, e Brocca, uma cristã de Pictos que havia sido batizada por São Patrício. Alguns contos de sua vida sugerem que a mãe de Brígida foi, de fato, galaico-sueva, raptada por piratas irlandeses e levada para a Irlanda para trabalhar como escrava da mesma maneira que Patricío. Brígida recebeu o mesmo nome de uma das mais poderosas deusas da religião pagã, que o seu pai Dubhthach praticava; Brígida era a deusa do fogo, cujas manifestações foram música, artesanato, e poesia, que os irlandeses consideravam a chama do conhecimento.</div>
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Ela foi convertida como cristã ou 468, mas ela foi inspirada pela pregação de São Patrício desde a mais tenra idade. Apesar da oposição do seu pai, ela era determinada a entrar na vida religiosa. Várias testemunhos atestam a sua grande piedade.</div>
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<br /></div>
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Ela tinha um coração generoso e nunca poderia recusar nada a um pobre, que vinha para a porta do pai.Sua caridade irritava seu pai: ele pensava que ela estava a ser demasiadamente generosa para os pobres e necessitados, quando ela distribuía seu leite e farinha para todos.</div>
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<br /></div>
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Quando ela finalmente deu sua jóia a um leproso, Dubhthach percebeu que talvez, fosse o mais adequado para sua filha a vida de uma freira. Brígida finalmente obteve o seu desejo ela foi enviada para um convento.Brigid recebeu o véu de Santo Mel e professou votos a dedicar sua vida a Cristo. A partir deste ponto surgiram histórias e lendas sobre Brigid. Ela é creditada por ter fundado um convento em Clara,no Condado de Offaly sua primeira fundaçâo. Mas era para ser em Kildare que o seu principal alicerce iria surgir.</div>
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<br /></div>
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Cerca de 470 ela fundou a Abadia Kildare, uma duplo mosteiro, com freiras e monges. Brigid era famosa por seu senso comum e acima de tudo pela sua santidade: na sua vida, ela era considerada como um santa. A Abadia de Kildare tornou-se uma dos mais prestigiados mosteiros da Irlanda, famoso em toda a Europa cristã.</div>
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<br /></div>
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Ela morreu em Kildare em torno de 525 e foi enterrada em um túmulo na igreja de sua abadia. Depois de algum tempo ela foi transporta para Downpatrick com os restos dos outros dois santos padroeiros da Irlanda, Patricio e Columba. Seu crânio foi extraído e levado à Igreja de São João Batista de Lisboa, Portugal, por três irlandeses nobres, onde permanece ate hoje. Há uma ampla devoção a ela na Irlanda, onde ela é conhecida como a "Maria do Gael" e seu culto foi trazido para a Europa pelos missionários irlandeses, nos séculos depois da sua morte. Na Bélgica, existe uma capela dedicada a Santa Brígida em Fosses-la-Ville.</div>
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<br /></div>
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A lenda conta que ela fez a cruz e colocou-a no chão ao lado de um homem à morrer, a fim de convertê-lo. É interessante notar que essa lenda não aparece em nenhuma das fontes mais antigas e até hoje sua origem continua perdida na tradição oral.A cruz continua sendo costume em muitas casas, na Irlanda em honra a santa.</div>
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<br /></div>
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A cruz assume muitas formas e é tecnicamente classificada pelos especialistas como um ofício do povo embora as tecnologias utilizadas. Segundo a tradição uma nova cruz é feita cada dia de Santa Brígida (1 de Fevereiro), bem como as antigas são queimada.Alguns acreditam que manter uma cruz no teto é uma boa maneira de preservar a casa de incêndios, que foi sempre uma grande ameaça a casas com construção com madeira.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-80347706063594795512017-01-31T05:43:00.002-08:002017-01-31T05:43:48.201-08:00São João Bosco, 31 de janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Hkm1BGKXcUaXmPlJhp2aohZc4ubsftZaEsFJ62q6o_-8HuwKHptGwN2NyF43RviSfdtBuwbqydYp16Q65LsXyFBnYZ4lW1baalMDYyVnLQz5PF_3IebCcIZR1CVOPIB3HQaNZDU9BWE/s1600/b.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Hkm1BGKXcUaXmPlJhp2aohZc4ubsftZaEsFJ62q6o_-8HuwKHptGwN2NyF43RviSfdtBuwbqydYp16Q65LsXyFBnYZ4lW1baalMDYyVnLQz5PF_3IebCcIZR1CVOPIB3HQaNZDU9BWE/s320/b.jpg" width="259" /></a></div>
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Dom Bosco, SDB, (Becchi, 16 de agosto de 1815 — Turim, 31 de janeiro de 1888) foi um sacerdote católico italiano, fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales e proclamado santo em 1934. Nasceu João Melchior Bosco e foi aclamado por São João Paulo II como o "Pai e Mestre da Juventude". Dom Bosco é o padroeiro da capital federal do Brasil, Brasília.</div>
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João Melchior Bosco foi sacerdote diocesano católico apostólico romano e educador. Desenvolveu a educação infanto-juvenil e o ensino profissional, sendo um dos criadores do sistema preventivo em educação. Dedicou-se também ao desenvolvimento da imprensa católica.[1]</div>
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<br /></div>
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É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco de Sales (1859), conhecida por salesianos, co-fundador da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, conhecidas por irmãs salesianas e fundador da Associação Internacional dos Cooperadores Salesianos. Foi canonizado em 1º de abril de 1934 pelo Papa Pio XI, sendo o padroeiro dos jovens e dos aprendizes. Seu dia é celebrado em 31 de janeiro.</div>
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Nasceu do segundo casamento de Francesco Bosco, tendo por mãe Margherita Occhiena. A família era ainda composta pelo irmão do primeiro casamento do pai, Antônio, e seu irmão mais velho, José.</div>
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Ficou órfão de pai quando tinha apenas dois anos de idade. Diante da difícil situação econômica porque passava o norte da Itália, sua infância foi marcada pela pobreza da família.</div>
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Fez a sua primeira comunhão em 1826. Em 1828 começou a estudar e aos dezesseis anos passa a frequentar a escola de Castelnuovo D'Asti. Em 30 de outubro de 1835, quando completou vinte anos, ingressou no Seminário de Chieri, sendo ordenado sacerdote em 5 de junho de 1841, pelo bispo Luigi Fransoni. Após a ordenação, transfere-se para Turim.</div>
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No contexto da revolução industrial na Itália, havia grande contingente de jovens sem família nas grandes cidades. Desde 1809, em Milão, a igreja católica mantinha um tipo de obra assistencial para jovens denominada oratório, que se ocupava de lazer, educação e catequese. O primeiro oratório de Turim foi fundado em 1841, pelo padre Giovanni Cochi.[1] Influenciado por essas iniciativas, Dom Bosco funda em 8 de dezembro de 1841 um oratório em Turim, quando atende e ensina o jovem Bartolomeo Garelli na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis. Em 8 de dezembro de 1844, esse oratório passa a denominar-se 'Oratório de São Francisco de Sales, sendo a primeira casa Salesiana, e em 12 de abril de 1846 passou a ter sua sede definitiva numa propriedade de Francisco Pinardi, no bairro turinense de Valdocco.</div>
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O cenário político do Piemonte e em toda Itália era de caráter revolucionário, com inúmeros conflitos entre o Estado em formação e a Igreja Católica, durante todo o período do Risorgimento. Seus biógrafos registram sua amizade com políticos como Camilo de Cavour e Humberto Ratazzi, pessoas influentes como a Marquesa Barolo, amizade direta com o Papa Pio IX e com o Papa Leão XIII. Localmente, o Arcebispo de Turim que ordenou São João Bosco, Dom Luigi Fransoni esteve tanto no exílio como preso, tendo recusado os últimos sacramentos ao ministro Santa Rosa e por isso tendo sido repreendido pelo Rei Vítor Emanuel. Seu sucessor, Dom Lorenzo Gastaldi, teve uma longa disputa com São João Bosco, que resultou num processo canônico. A paz entre ambos só se fez mediante decisão de Leão XIII. As relações com políticos italianos e com papas, de forma muito direta, teriam dado a João Bosco uma posição política que parecia, sobretudo ao bispo Gastaldi, ameaçar a ordem hierárquica da Igreja.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, o contexto político da unificação da Itália, a disputa pela separação entre Estado e Igreja, não estimulavam a criação de uma ordem religiosa nos moldes tradicionais.</div>
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<br /></div>
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O ministro Umberto Ratazzi lhe sugeriu organizar uma sociedade de cidadãos que se dedicasse às atividades educativas realizadas pelos oratórios em moldes civis. Bosco propõe a Sociedade de São Francisco de Sales, que seria vista como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja. Após consultar o Papa Pio IX, Bosco recebeu de seus companheiros padres, seminaristas e leigos a adesão à Sociedade de São Francisco de Sales em 18 de dezembro de 1859 e em 14 de março de 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. A partir de 1863, além dos oratórios, os salesianos passam a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para meninos e jovens. Com a separação entre Estado e igreja, há forte demanda por escolas católicas, fazendo com que esse tipo de instituição se dissemine rapidamente. As regras da Sociedade, chamadas de Constituições, foram aprovadas pela igreja em 1874.[1] Em sua morte, em 1888, a Sociedade contava com 768 membros, com 26 casas fundadas nas Américas e 38 na Europa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1861, na cidade italiana de Mornese, Maria Domingas Mazzarello convida sua amiga Petronilla para juntas organizarem uma oficina de costura para meninas. Em 1863 a oficina começa a acolher meninas órfãs.[1] O seu trabalho é supervisionado pelo Pe. Domingos Pestarino, que havia se associado aos salesianos. Com o auxílio de Pestarino, Bosco propõe às jovens que se organizem como uma congregação religiosa, com o nome de Filhas de Maria Auxiliadora e em 5 de agosto de 1872 as primeiras salesianas fazem seus votos. Maria Mazzarello foi a primeira superiora da congregação.</div>
<div style="text-align: justify;">
De início, a proposta da Sociedade de São Francisco de Sales incluía, padres, irmãos e leigos externos, porém essa forma de organização não foi aprovada pela igreja católica, que queria apenas padres e irmãos, como nas demais congregações. Sendo assim, Bosco propôs a associação leiga dos Salesianos Cooperadores, que foi aprovada em 1876 pelo Papa Pio IX. O objetivo era o mesmo da Sociedade de São Francisco de Sales, a saber: o trabalho educativo e catequético junto aos meninos e aos jovens. Em sua forma de associação, tornou-se uma sociedade mista, com homens e mulheres leigos.</div>
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Tendo participado do período do Risorgimento e se relacionado com seus atores principais, Dom Bosco acabou por participar, indiretamente, da resolução do último aspecto que aquele movimento deixou em aberto para o século XX: a Questão Romana.</div>
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<br /></div>
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O momento da beatificação de Dom Bosco (1929) coincide com a Concordata de São João de Latrão, celebrada entre Benito Mussolini e o Cardeal Pietro Gasparri, com a aprovação do Papa Pio XI. A coincidência não é gratuita, mas representa naquele momento, uma expressão de nacionalismo italiano, com Mussolini, que estudara um ano no colégio salesiano de Faenza, elogiando Dom Bosco e com Pio XI pondo fim ao poder temporal da Igreja, permitindo a final unificação da Itália e considerando Mussolini um "homem da Providência". Na canonização de Dom Bosco em (1934) o contexto será bem outro. Descontente com os rumos do fascismo e do nazismo, Pio XI escreverá duas encíclicas, uma em alemão e outra em italiano, condenando ambas as ideologias.</div>
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<br /></div>
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O uso político da popularidade e italianidade de Dom Bosco e dos salesianos é recorrente na Itália. Em 2005, o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi visitou o Instituto Salesiano Santo Ambrósio, em Milão, onde foi aluno, para recordar que aprendera com Dom Bosco que "é preciso estar de acordo com todos".</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-27175967731093176362017-01-31T05:43:00.000-08:002017-01-31T05:43:36.524-08:00São João Bosco, 31 de janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdHwdO4sXX8CZKAwHFrGFtHDjAJuH6G7qZf1Pn0iAM1Vknd-3d-CnSMFqJxAOyBmrDq0vFwLNxLbEpkR-WQeQWTcWnOmds53aV6gje1NFmO_EggNzA2fjsL9BFoV7lkzzbKvLZcCGS0PQ/s1600/bb.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdHwdO4sXX8CZKAwHFrGFtHDjAJuH6G7qZf1Pn0iAM1Vknd-3d-CnSMFqJxAOyBmrDq0vFwLNxLbEpkR-WQeQWTcWnOmds53aV6gje1NFmO_EggNzA2fjsL9BFoV7lkzzbKvLZcCGS0PQ/s1600/bb.jpg" /></a></div>
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João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d’Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.</div>
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Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: “Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás”.</div>
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Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário de Chieri, daquela diocese.</div>
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Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este “produto da era da industrialização”, tornou-se a matéria prima de sua Obra e vida.</div>
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Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.</div>
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Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.</div>
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Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de “Sistema Preventivo de Formação”. Não esqueceu seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: “Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez”.</div>
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Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado “modelo por excelência” para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: “Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas” e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.</div>
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A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Marcela e Luisa Albertoni.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-88680225109255608302017-01-30T03:29:00.000-08:002017-01-30T03:29:04.706-08:00Santa Martinha, 30 de Janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjds5m5KZrmX1SQjZFsOqZ0ATQDO4ZPwpLJ3MvgdHYHomnFtqI1t44CmYxOA-D428K5gdhpNEsJkoB3Ch09y_k3HSET1iUOK-dSDj2MGSUnr-CNh1xbF1vKXRbVWn11CwTPLZ838Ma34B4/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjds5m5KZrmX1SQjZFsOqZ0ATQDO4ZPwpLJ3MvgdHYHomnFtqI1t44CmYxOA-D428K5gdhpNEsJkoB3Ch09y_k3HSET1iUOK-dSDj2MGSUnr-CNh1xbF1vKXRbVWn11CwTPLZ838Ma34B4/s320/7.jpg" width="216" /></a></div>
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O pai de Martinha era um homem público, eleito três vezes cônsul de Roma. Ele pertencia a nobreza, era muito rico e cristão. Quando a menina nasceu, no começo do século III, o acontecimento foi amplamente divulgado na corte, entre o povo e pelos cristãos, pois a pequena logo foi batizada.</div>
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Martinha cresceu em meio à essa popularidade, muito caridosa, alegre e uma devota fiel ao amor de Jesus Cristo. Com a morte de seu pai a jovem recebeu de herança duas fortunas: uma material, composta de bens valiosos e a outra espiritual, pois foi educada dentro dos preceitos do cristianismo. A primeira, ela dividiu com os necessitados assim que tomou posse da herança. A segunda foi empregada com humildade e disciplina, na sua rotina diária de diácona da Igreja, na sua cidade natal.</div>
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Desde o ano 222, o imperador romano era Alexandre Severo, que expediu um decreto mandando prender os cristãos para serem julgados e no caso de condenação seriam executados. Chamado para julgar o primeiro grupo de presos acusados de praticar o cristianismo, o imperador se surpreendeu ao ver que Martinha estava entre eles e tentou afastá-la dos seus irmãos em Cristo. Mas ela reafirmou sua posição de católica e exigiu ter o mesmo fim dos companheiros. A partir deste momento começaram os sucessivos fatos prodigiosos que culminaram com um grande tremor de terra.</div>
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Primeiro, Alexandre mandou que fosse açoitada. Mas a pureza e a força com que rezou, ao se entregar à execução, comoveram seus carrascos e muitos foram tocados pela fé. Tanto que, ninguém teve coragem de flagelar a jovem. O imperador mandou então que ela fosse jogada às feras, mas os leões não a atacaram. Condenada à fogueira, as chamas não a queimaram. Martinha foi então decapitada. No exato instante de sua a execução a tradição narra que um forte terremoto sacudiu toda cidade de Roma.</div>
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O relato do seu testemunho correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu à santidade de Martinha, todos os prodígios ocorridos durante a sua tortura assim como o terremoto, ocasionando um sem-número de conversões.</div>
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No século IV, o papa Honório mandou erguer a conhecida igreja do Foro, em Roma, para ser dedicada à ela, dando novo impulso ao seu culto por mais quatrocentos anos. Depois, as relíquias de Santa Martinha ficaram soterradas e sua celebração um pouco abandonada, durante certo período obscuro vivido pelo Cristianismo.</div>
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Passados mais quinhentos anos, ou melhor catorze séculos após seu martírio, quando era papa, o dinâmico Urbano VIII, muito empenhado na grande contrarreforma católica e disposto a conduzir o projeto de reconstrução das igrejas. Começou pela igreja do Foro, onde as relíquias de Santa Martinha foram reencontradas. Nesta ocasião, proclamou Santa Martinha padroeira dos romanos e ainda compôs hinos em louvor à ela, inspirado na vida imaculada, da caridade exemplar e do seu corajoso testemunho a Cristo.</div>
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A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Jacinta de Mariscotti, Savina e Barsimeu.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-80544818546931123112017-01-30T03:25:00.001-08:002017-01-30T03:25:30.214-08:00Santa Jacinta de MarescottiJacinta era uma nobre da família Marescotti, da alta aristocracia romana. Sua família tinha fortes vínculos com a vida cristã e esta herança ela recebeu de seus pais.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEMzawNQ9eXU_6XBU3JnW0wNEZbXLP1EpI2xaB7x9Dfd1Tzol5QjfjBsBH4xDKPXbSycFrPiG55shE1xFyLHurZPiBcc_Vkj7c99v6EJu7edd0qxbRZgt7hczWH3KY1OxezaXQH6s_M_k/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEMzawNQ9eXU_6XBU3JnW0wNEZbXLP1EpI2xaB7x9Dfd1Tzol5QjfjBsBH4xDKPXbSycFrPiG55shE1xFyLHurZPiBcc_Vkj7c99v6EJu7edd0qxbRZgt7hczWH3KY1OxezaXQH6s_M_k/s1600/6.jpg" /></a></div>
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Jacinta foi batizada com o nome de Clarice. Recebeu uma educação refinada. Ainda menina, foi entregue pelos pais a religiosas franciscanas, mas ela não demonstrava desejo de ser religiosa.<br />
<br />
Muito bonita, culta e independente, Jacinta levava uma vida cheia de luxo e vaidades. Sonhava com um matrimônio e não com a vida religiosa. Sua primeira decepção foi quando sua irmã mais nova se casou com um marquês, que ela pretendia conquistar. Jacinta assumiu uma atitude mais altiva e insolente, frequentando todas as diversões que a sociedade oferecia.<br />
<br />
Jacinta, mesmo dentro do convento, vivia de vaidade. Não respeitou o voto de pobreza, vivendo num quarto decorado com luxo e usando roupas de seda. Mas Deus havia reservado o momento certo para a conversão definitiva de Jacinta.<br />
<br />
A notícia do assassinato de seu pai e, em seguida, uma grave doença, levaram Jacinta a mudar de vida. Sinceramente se arrependeu, pedindo perdão a toda a comunidade. A partir daí tornou-se exemplo heroico de mortificação e pobreza. Faleceu em 30 de janeiro de 1640.espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-22828184051921000022017-01-29T14:22:00.000-08:002017-01-29T14:22:04.179-08:00São Valério de Treviri, 29 de Janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVAedlDILMbqNCW-FBjrzecfACjxW9nuPMWFMW6pNuSVWWqF5f_Z0gl1gXydC9PaacJjudz2l4EoDqiKuEeCU6_N0_bNfl3LlwX4yPt7RalMxJVnfjXrmB9dJZyBbM4RPiGdE-ZBhJwxY/s1600/15.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVAedlDILMbqNCW-FBjrzecfACjxW9nuPMWFMW6pNuSVWWqF5f_Z0gl1gXydC9PaacJjudz2l4EoDqiKuEeCU6_N0_bNfl3LlwX4yPt7RalMxJVnfjXrmB9dJZyBbM4RPiGdE-ZBhJwxY/s1600/15.gif" /></a></div>
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Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O segundo foi o de Ravena, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou.</div>
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Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política. No dia 8 de abril de 808, dia de Palmas, dois nobres condes paladinos chegaram cedo na cúria, conversaram com Valério que os acolheu e deu hospedagem. Participaram de todas as celebrações pertinentes à data e depois de almoçarem com o bispo, partiram agradecidos.</div>
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Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes.</div>
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Já o outro Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha.</div>
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<br /></div>
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Nos registros posteriores, revistos pelo Vaticano no final do primeiro milênio, onde foram narrados os motivos da santidade dos religiosos até então, encontramos o seguinte, sobre Valério: “converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos”. Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal. Depois, o outro companheiro de missão, que já havia falecido, Eucario, o teria avisado em sonho que no dia 29 de janeiro ele seria recebido no Reino de Deus. Valério morreu neste dia de um ano ignorado, no início do século IV.</div>
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A fama de sua santidade aumentou com a sua morte e os devotos procuravam a sua sepultura para agradecer ou pedir a sua intercessão. O culto se intensificou com a construção de muitas igrejas dedicadas a São Valério, principalmente entre os povos de língua germânica. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na cidade de Treviri, atualmente chamada de Tries, na Alemanha. A festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.</div>
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A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Aquilino, Bambina e Constância.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-19426795124638006102017-01-29T14:15:00.002-08:002017-01-29T14:15:49.025-08:00Josef Freinademetz, 29 de janeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFyGeG7T4r-590m3fRmXAz2CHnNOQnpGAKAO3J8nMreZYQhssMFVwpmss7gZzwU4smFDnoQ3zJgMDN49gLtZQ1c5m7k-N4dZp3Yua0lDDim43pWdq9MGZhL5NfinQA5c9MzMqJAXFzXnA/s1600/00.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFyGeG7T4r-590m3fRmXAz2CHnNOQnpGAKAO3J8nMreZYQhssMFVwpmss7gZzwU4smFDnoQ3zJgMDN49gLtZQ1c5m7k-N4dZp3Yua0lDDim43pWdq9MGZhL5NfinQA5c9MzMqJAXFzXnA/s1600/00.jpg" /></a></div>
José Freinademetz (Abtei-Oies, Tirol Meridional, 15 de Abril de 1852 - Taikia, Shantung, 28 de Janeiro de 1908) foi um padre católico e missionário da Congregação do Verbo Divino na China. É considerado santo pela Igreja Católica e canonizado em 5 de Outubro de 2003 pelo Papa João Paulo II. Na China ficou conhecido como Fu-Schenfu que quer dizer "felicidade" (fu) e "sacerdote" (schenfu).<br />
<br />
Nasceu numa das aldeias do Tirol denominada Ojes, situada a dois quilômetros da paróquia de Badia, localidade habitada pelos ladinos. Era o quarto filho de João Matias Freinademetz e de Ana Maria Alyzang. Freqüentou a escola primária de 1858 a 1862 na terra natal e mais dois anos em Bressanone. Apresentou-se para o secundário em 1864 tendo estudado com os agostinhos regulares.<br />
<br />
Foi ordenado sacerdote pelo bispo Vicente Gasser, na catedral da Sé episcopal em 25 de julho de 1875, ainda no terceiro ano do seminário e com dispensa de idade, inicialmente foi vigário paroquial na paróquia de São Martim, dois anos depois ingressou na Congregação do Verbo Divino.<br />
<br />
Em 1879 foi enviado à China pelo fundador da Congregação, Pe. Arnaldo Janssen, ali foi pró-vigário, administrador diocesano e provincial da sua ordem. Adotou os costumes chineses tanto no vestir como no domínio do idioma. Faleceu aos 56 anos vítima de tifo.<br />
<br />
O seu processo de beatificação teve início em 1936. Em 19 de outubro de 1975 foi declarado beato na Basílica de São Pedro em Roma pelo Papa Paulo VI e posteriormente canonizado no dia 5 de Outubro de 2003 pelo Papa João Paulo II.<br />
José Freinademetz nasceu em Oies, um pequeno lugar de cinco casas nos montes Dolmitas do Tirol Meridional - nesse tempo pertencentes à Áustria, hoje à Itália -, sendo batizado no mesmo dia. Da sua família herdou as simples mas inabaláveis crenças e uma diligência incansável.<br />
<br />
Já durante os seus tempos de estudante no seminário da Diocese de Brixe começou seriamente a pensar no trabalho missionário como o seu possível caminho de vida. Depois da sua ordenação a 25 de Julho de 1875 foi lhe indicada a paróquia de St. Martin in Thurn, não muito longe do seu local de nascimento. Depressa ganhou o coração dos seus paroquianos. No entanto, a ideia de ser missionário nunca o deixou e apenas dois anos após a sua ordenação criou, em conjunto com Arnaldo Janssen, em Steyl (Holanda), a primeira casa missionária alemã, a partir da qual se formaram posteriormente os Missionários do Verbo Divino.<br />
<br />
Com a autorização do seu bispo Vicente Gasser, Freinademetz seguiu para a casa missionária de Steyl em Agosto de 1878. A 2 de Março de 1879 recebeu a sua cruz missionária e, juntamente com outro missionário, João Baptista de Anzer, partiu para a China. Após cinco semanas aportam em Hong Kong e nesta cidade se prepararm durante dois anos para o próximo passo. Iriam para a província de Shantung em 1881, que nessa altura tinha 158 batizados em 12 milhões de habitantes.<br />
<br />
Os anos seguintes foram extremamente difíceis, marcados por longas e laboriosas viagens, assaltos de ladrões, e muito trabalho na construção das primeiras comunidades cristãs. No entanto, assim que uma comunidade se tinha começado a desenvolver, o bispo em funções chamava-o a abandonar tudo e a começar tudo de novo noutro local.<br />
<br />
José Freinademetz percebeu rapidamente a importância da colaboração de leigos dedicados para o enraizamento de uma comunidade, sobretudo na catequese. Por essa razão valorizou muito a sua formação e elaborou um catequismo em chinês. Além disso, dedicou-se, juntamente com Anzer, que entretanto se tinha tornado bispo, à disseminação de comunidades espirituais e ao treino de padres chineses, tal como de outros missionários.<br />
<br />
Além disso, empreendeu, alternadamente vários e importantes cargos de responsabilidade: foi organizador da região missionária, reitor do seminário, líder espiritual dos primeiros padres chineses e, finalmente, principal de província. Exerceu a sua autoridade como um irmão mais velho, tratando sempre os seus subordinados com respeito. Era também admirado especialmente devido à vida exemplar que levava e ao seu espírito de missão.<br />
<br />
Toda a sua vida foi marcada pelo desejo de ser um chinês entre chineses. Assim escreveu aos seus semelhantes: "Eu amo a China e os chineses; aqui quero morrer e junto deles ser enterrado". Em 1889 o trabalho incansável e o seu desprendimento cobraram o seu tributo. Uma doença na laringe e um princípio de tuberculose obrigaram Josef Freinademetz a uma fase de repouso. O bispo e os outros religiosos arrastaram-no para um estadia no Japão, a princípio para um restabelecimento completo da sua saúde. Voltou melhor para a China, mas não totalmente curado.<br />
<br />
Uma vez enviou um grupo de órfãos do interior para a costa de Qingdao onde estavam relativamente seguros. Por eles enviou uma carta ao seu correligionário de Qingdao na qual escrevia: Eles (os órfãos) estão dependentes da ajuda de outros. Tenha contudo a amabilidade de também os ajudar. Na situação em que eles se encontram, não podemos ter qualquer dúvida em fazer algumas tarefas adicionais para ajudarmos quem pode ser salvo. E acrescentou: Penso que seria melhor vender os cavalos.<br />
<br />
Uma vez que o seu Bispo teve de ir mais uma vez à Europa, Freinademetz foi mais uma vez encarregue da administração da Diocese. Durante este período ocorreu uma epidemia de tifo. Freinademetz, como bom guia da sua comunidade, ajudou incansavelmente no que pôde, vindo ele próprio a contarir a doença. Imediatamente voltou para Taikia, sede do Bispado. Aí morreu a 28 de Janeiro de 1908. Foi enterrado na décima segunda estação da Via Sacra. A sua sepultura tornou-se rapidamente um local de visitas e de admiração para os cristãos.<br />
<br />
José Freinademetz aprendeu a descobrir e a viver a grandiosidade cultural do povo ao qual foi enviado. Toda a sua vida dedicou à tarefa da evangelização, da propagação da mensagem do amor de Deus aos homens e tentou tornar esse amor realidade através da constituição das comunidades cristãs chinesas. Orientou a sua comunidade para se abrir em solidariedade relativemente aos seus vizinhos e encorajou os chineses baptizados a serem missionários junto dos seus nacionais como catequistas, pessoas consagradas ou padres. Toda a sua vida foi a materialização do seu lema: A linguagem que todos compreendem, é a do amor.<br />
<br />
Freinademetz foi beatificado em 1975 e, a 5 de Outubro de 2003, considerado santo pelo papa João Paulo II, juntamente com o missónário de Steyl, Arnaldo Janssen e Daniel Comboni, um importantante missionário em África.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFyGeG7T4r-590m3fRmXAz2CHnNOQnpGAKAO3J8nMreZYQhssMFVwpmss7gZzwU4smFDnoQ3zJgMDN49gLtZQ1c5m7k-N4dZp3Yua0lDDim43pWdq9MGZhL5NfinQA5c9MzMqJAXFzXnA/s1600/00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFyGeG7T4r-590m3fRmXAz2CHnNOQnpGAKAO3J8nMreZYQhssMFVwpmss7gZzwU4smFDnoQ3zJgMDN49gLtZQ1c5m7k-N4dZp3Yua0lDDim43pWdq9MGZhL5NfinQA5c9MzMqJAXFzXnA/s1600/00.jpg" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-88lJfuRCxJHvfEYwmKS8bzmBgxg1zxNYAQBfrjPtlfjVxOwWepVP00Yj9vFBKK9HvOQI4OThY4U3qt2XeMu6Ah0W17_MrGiaUyxpXK2Go-86gk3edqKIKgvj0IZZz7CW-8wu1nJvy-I/s1600/00.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-88lJfuRCxJHvfEYwmKS8bzmBgxg1zxNYAQBfrjPtlfjVxOwWepVP00Yj9vFBKK9HvOQI4OThY4U3qt2XeMu6Ah0W17_MrGiaUyxpXK2Go-86gk3edqKIKgvj0IZZz7CW-8wu1nJvy-I/s1600/00.jpg" /></a></div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-52084662933319356062017-01-27T01:45:00.001-08:002017-01-27T01:45:16.924-08:00Ângela de Mérici<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi01RYyCioKxdF2lzDp18fWfWWzZKFQz8qDC44Ti9xuEARrQpPRTh08ZNQU6HpVqG1bRoKBwUjHcyd3Dksh4QzCKg8x0I4IbEHeCBQ5zh4qwmsaIfC2h0OXyo1c-FY_H7rt9EhoQRoqJB8/s1600/117.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi01RYyCioKxdF2lzDp18fWfWWzZKFQz8qDC44Ti9xuEARrQpPRTh08ZNQU6HpVqG1bRoKBwUjHcyd3Dksh4QzCKg8x0I4IbEHeCBQ5zh4qwmsaIfC2h0OXyo1c-FY_H7rt9EhoQRoqJB8/s320/117.jpg" width="254" /></a></div>
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Angela Mérici (Desenzano del Garda, 21 de março de 1474 — Bréscia, 27 de janeiro de 1540) foi a fundadora das Irmãs Ursulinas e foi proclamada santa pelo papa Pio VII em 24 de maio de 1807</div>
<div style="text-align: justify;">
Filha de uma família de classe média, natural de Desenzano, na Itália, tinha apenas 10 anos quando ficou órfã. Partiu então com um tio para Salo, onde ingressou na Ordem Terceira de São Francisco.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O corpo incorrupto de Santa Ângela Merici em Bréscia, na Itália.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desde muito cedo que esta jovem, referida como possuidora de uma beleza rara, viveria a mais santificante das vidas. Dormiria num leito de tábuas, alimentava-se de pão e água, e dava assistencia a todos os que a procuravam. Tudo seria completado por uma vida que é descrita como de total apostolado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fez várias peregrinações por Itália e terá inclusive visitado a Terra Santa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1525 esteve no Vaticano, onde falou com o papa Clemente VII.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, já em Brudazzo, teve uma visão na qual Deus lhe teria revelado a sua predestinação para a fundação de um agrupamento espiritual que deveria promover o aperfeiçoamento dos ideais cristãos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi para atender as famílias, especificamente as mulheres, que Angela fundou em Bréscia, em 1535, a Ordem das Ursulinas, um instituto feminino sob a invocação de Santa Úrsula, para assistência e formação de meninas pobres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Festejada pela Igreja em 27 de janeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Angela viveu em uma época em que a educação era privilégio dos jovens do sexo masculino nas escolas monásticas. O papel das mulheres na sociedade era definido pelos pais, maridos ou prelados. Sua intuição foi dedicar-se à educação feminina, sobretudo das mais pobres de forma original para a época: reuniu um grupo de mulheres solteiras para ensinar as meninas em suas casas. De forma distinta da vida religiosa da época, estas mulheres viviam uma consagração a Deus fora dos conventos, sem votos formais ou hábito. Angela afirmava que formava com suas companheiras a “Companhia de Santa Úrsula”, não uma ordem religiosa [1]. Segundo Martina[2], este modelo antecipava o que hoje são os institutos seculares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após sua morte, as Ursulinas irão se dividir: enquanto um grupo permanece conforme o espírito original – a Companhia de Santa Úrsula filhas de Santa Ângela de Mérici (hoje o Instituto Secular Filhas de Santa Ângela de Mérici), em 1566, um grupo em Milão, sob a influência de Carlos Borromeu forma a congregação das ursulinas revestidas de hábito, com vida comunitária em um convento, adequado às exigências do Concílio de Trento; um terceiro grupo na França forma uma ordem de monjas enclausuradas em 1612[2]. A ordem religiosa propagou-se pelo Europa e pelo mundo. O pioneirismo da ordem consiste em ser a primeira associação religiosa dedicada à educação feminina com caráter missionário fora da Europa[3].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-23692535016079449982017-01-27T01:41:00.000-08:002017-01-27T01:41:33.976-08:00Ângela de Mérici<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVBQ3E4g0-azdpJS36Q-cX3LLzlvZF8Ms0iI5D-S8T20omLI2HX46Bk2shjN-5IothP1USMOBO30m4jjUrUOlQNnSz6R7DQeTDyfYLnIZLGRLQ5oCkKlIvIJ1rpc_z_sbWfA_TP3PpJck/s1600/116.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVBQ3E4g0-azdpJS36Q-cX3LLzlvZF8Ms0iI5D-S8T20omLI2HX46Bk2shjN-5IothP1USMOBO30m4jjUrUOlQNnSz6R7DQeTDyfYLnIZLGRLQ5oCkKlIvIJ1rpc_z_sbWfA_TP3PpJck/s1600/116.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Santa Ângela de Mérici</div>
<div style="text-align: justify;">
Virgem da Ordem Terceira (1470-1540). Fundadora das Congregação das Irmãs de Santa Úrsula. Canonizada por Pio VII no dia 24 de maio de 1807</div>
<div style="text-align: justify;">
A glória de Santa Ângela de Merici está ligada à difusão da Congregação das Ursulinas com suas escolas para a juventude feminina espalhadas em todo o mundo. Nascida em 1474, em Desenzano, Garda, recebeu uma profunda formação religiosa. Passou sua infância trabalhando em casa. Com a morte de seus pais, aos quinze anos, foi acolhida junto com sua irmã na casa de um tio. Através de lutas e dolorosas provas, encontrou-se com Deus, recebendo grande consolo. Foi admitida na Terceira Ordem Franciscana no convento de Garda, tendo este programa: Renúncia a tudo para alcançar e possuir somente a Deus, Sumo e Eterno Bem; considerar-se nada para encontrar-se todo em Deus. Dedicou sua vida à piedade, às santas leituras, meditações e às obras de misericórdia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ângela pensou em melhorar a sociedade de seu tempo, atuando na família, na formação religiosa das mulheres cristãs. Depois de haver consagrado sua virgindade a Deus, buscou seu verdadeiro caminho. Realizou peregrinações por toda a Itália. Esteve na Terra Santa e no regresso teve uma aparição: viu uma longa escada que chegava aos céus sendo percorrida por muitas meninas, e uma voz a convidava para fundar uma comunidade religiosa. Ela se lembrou da célebre obra de Santa Úrsula, que foi martirizada pelos Hunos juntamente com onze moças. Tudo isso foram motivos para que Ângela iniciasse a nova instituição colocando o nome de Santa Úrsula.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1525, foi à Roma para ganhar indulgência do jubileu e nessa ocasião teve a graça de contar ao Papa Clemente VII seu programa religioso e social para a instituição. O Papa a animou e abençoou seus propósitos. Ângela, junto com Catarina Patengla, mudou-se para Bréscia, onde pôde realizar o seu ideal. As ursulinas difundiram-se rapidamente. A regra de vida era moderna, ajustada às necessidades da sociedade de seu tempo. Viviam no mundo e não tinham nenhum sinal que as distinguisse das demais; observavam a pobreza e se ocupavam com jovens formandas. No mundo devastado pelos maus costumes, com a pureza de suas vidas, salvaram muitas jovens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A morte de Ângela de Merici se deu no dia 27 de janeiro de 1540, tendo 66 anos de idade. Às ursulinas, ela deixou seu testamento espiritual com os primeiros esboços da Regra, que constituíram a herança da Santa.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-19559875383464262242017-01-26T03:08:00.002-08:002017-01-26T03:08:45.004-08:00São Tito e São TimóteoSão Tito<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRqDLFAo9qIyC4MWjQCiwV7gBq381j48b33jHQuXuch7xvNJb032bNeT7MlPvy_im9XCj5f6PAZnTViklILNIS8-9O8cAOke7NwC7cn7ajghLpc6q9I513iqi1XLfmrGu5nZX2uXTSMXU/s1600/21.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRqDLFAo9qIyC4MWjQCiwV7gBq381j48b33jHQuXuch7xvNJb032bNeT7MlPvy_im9XCj5f6PAZnTViklILNIS8-9O8cAOke7NwC7cn7ajghLpc6q9I513iqi1XLfmrGu5nZX2uXTSMXU/s1600/21.jpg" /></a></div>
<br />
Tito era um companheiro de São Paulo, mencionado em diversas epístolas paulinas. Tito estava com Paulo e Barnabé em Antioquia e os acompanhou no Concílio de Jerusalém[1], embora seu nome não seja citado nos Atos dos Apóstolos. Ele está listado como um dos Setenta Discípulos.<br />
Ele parece ter sido um gentio — Paulo se recusou terminantemente a circuncisá-lo, pois acreditava que o evangelho de Cristo havia libertado os fiéis dos requerimentos da Lei Mosaica — e se engajou justamente em ministrar para eles. Mais tarde, as epístolas paulinas o colocam com Paulo e Timóteo em Éfeso, de onde ele foi enviado por Paulo até Corinto, na Grécia, com o objetivo de conseguir contribuições para Igreja antiga em nome dos cristãos empobrecidos de Jerusalém[2]. Ele se juntou à Paulo quando este estava na Macedônia e o alegrou com as notícias que trouxe de Corinto[3]. Seu nome não é mais mencionado pelo menos até a primeira prisão de Paulo, quando ele se empenhou na organização da igreja em Creta, para onde Paulo o havia enviado com este objetivo[4]. A última vez que ouvimos falar dele é em 2 Timóteo 4:10, quando Tito se despede de Paulo em Roma para ir à Dalmácia. O Novo Testamento não relata a sua morte.<br />
<br />
De acordo com a tradição, Paulo ordenou Tito bispo de Gortina em Creta. Ele teria morrido em 107 d.C., com 95 anos.<br />
<br />
<br />
São Timóteo<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Timóteo (em grego: Τιμόθεος - Timótheos, que significa "honrando a Deus"[1] ou "honrado por Deus"[2]) foi um bispo[carece de fontes] cristão do século I d.C. que morreu por volta do ano 80 d.C. O Novo Testamento indica que Timóteo esteve com Paulo de Tarso, que era seu mentor, durante as suas viagens missionárias. Ele é considerado como sendo o destinatário das Epístolas a Timóteo. Ele está listado como um dos Setenta Discípulos.<br />
Timóteo é mencionado na Bíblia durante a segunda visita de Paulo à Listra, na Anatólia, como sendo um "discípulo"[nota a], "filho de uma judia crente, mas de pai grego". Paulo então decidiu tomá-lo como seu companheiro de viagem, circuncidando-o antes para garantir sua aceitação pelos judeus convertidos (veja controvérsia da circuncisão)[nota a]. De acordo com McGarvey[3], Paulo realizou a operação "com suas próprias mãos". Timóteo foi então ordenado[nota b] e seguiu com Paulo em suas viagens através da Frígia, Galácia, Mísia, Tróas, Filipos, Bereia e Corinto.<br />
<br />
Sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide (Lois), são também citadas como eminentes por sua piedade e fé[nota c], o que indica que elas devem ter sido cristãs também. Timóteo foi elogiado por Paulo por seu conhecimento das Escrituras, a quem ele parece ter sido apresentado ainda na infância[nota d]. Pouco se sabe sobre seu pai, exceto que ele era grego<br />
<br />espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-53962748654610983492017-01-26T03:02:00.002-08:002017-01-26T03:02:53.264-08:00São Timóteo e Tito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBgiwfvBsPvb1dN1Pty9GL688WET7n5U7N42dBg9GZ_sjeXbKE2MsynRYfaBkLZi63afNoB76zkjDvVuLfeCff6EVBZPJ0myMMIOplyIyMa44fnJX95kqwyyeYmfOx03lBEeGpFkrQgo/s1600/22.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBgiwfvBsPvb1dN1Pty9GL688WET7n5U7N42dBg9GZ_sjeXbKE2MsynRYfaBkLZi63afNoB76zkjDvVuLfeCff6EVBZPJ0myMMIOplyIyMa44fnJX95kqwyyeYmfOx03lBEeGpFkrQgo/s320/22.jpg" width="224" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Ambos colaboradores do Apóstolo dos Gentios. Por isso, o novo calendário inseriu-os logo após a festa da conversão de São Paulo. Os dois têm suas páginas individuais, destacando suas vidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Timóteo, um santo muito antigo, venerado há muitos e muitos séculos, morreu no ano de 97. Timóteo era o “braço direito” do apóstolo Paulo, seu grande amigo e companheiro, sendo considerado, ao lado do mestre, como o primeiro e corajoso pregador do cristianismo. Quase sempre evangelizaram juntos, mas por várias vezes, Paulo o mandou como representante, em quase todos os lugares importantes daquela época, enquanto ele próprio abria novos caminhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Timóteo nasceu em Listra, Ásia. Seu pai era grego e pagão, a mãe se chamava Eunice e era judia. Foi educado dentro do judaísmo. Assim, quando o apóstolo Paulo esteve naquela cidade, tanto sua avó, mãe e ele próprio, então com vinte anos, se converteram. A partir daí, Timóteo decidiu que o seguiria e nunca mais se afastou do santo apóstolo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiel colaborador de Paulo, o acompanhou em suas viagens a Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e Roma. Exceto quando ele o enviava para algumas missões nas igrejas que tinham fundado, com o objetivo de corrigir erros e manter a paz. Como fez em Tessalônica, com o seu aspecto de rapaz frágil. Porém “que ninguém despreze a tua jovem idade”, lhe escreveu Paulo na primeira das duas cartas pessoais. E aos cristãos de Corinto o apresenta assim: “Estou lhes mandando Timóteo, meu filho dileto e fiel no Senhor: manterá em suas memórias os caminhos que lhes ensinei”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Palestina, o apóstolo ficou preso durante dois anos e tudo indica que Timóteo foi seu companheiro nessa situação também. Mas ao final deste período, ele foi colocado em liberdade, enquanto Paulo era levado para Roma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando Paulo retornou, por volta do ano 66, Timóteo era o bispo de Éfeso e, com este cargo, foi nomeado pelo apóstolo para liderar a Igreja da Ásia Menor. As epístolas de Paulo, à ele endereçadas, viraram pura literatura cristã e se tornaram documentos preciosos de todos os tempos, como leme e bússola para a Igreja.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, a sua morte nos ilustra muito bem o que era ser cristão e apóstolo naquela época. Durante uma grande festa onde era adorada a deusa Diana, Timóteo se colocou no centro dos pagãos e, tentando convertê-los, iniciou um severo discurso criticando e repreendendo o culto herege. Como resposta, os pagãos o mataram a pedradas e pauladas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O apóstolo Paulo, escreveu a segunda carta a Timóteo estando de novo na prisão, a espera de sua morte: “Procure vir para junto de mim”. Muitos, de fato, o haviam abandonado; o fiel Tito estava na Dalmácia; o frio o fazia sofrer e ele recomenda a Timóteo; “Traga-me o manto que deixei em Troadi”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São Tito</div>
<div style="text-align: justify;">
Tito foi o segundo grande colaborador de Paulo. Provinha do paganismo. Foi convertido e batizado por Paulo. Em 49 já estava com Paulo em Jerusalém, para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos pobres. “Meu companheiro e colaborador” como escreveu o apóstolo na segunda carta aos Corintos. Companheiro dos momentos importantes, como a famosa reunião do concílio de Jerusalém, que tratou da necessidade de renovação e diversificação dos ritos devido a evangelização no mundo pagão. Tito, porém, foi também um mediador persuasivo, e entusiasmou Paulo resolvendo uma grave crise entre ele e os Corintos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre os anos 64 e 65, tendo sido libertado da prisão romana o apóstolo Paulo foi com ele para a ilha de Creta, onde fundou uma comunidade cristã, que confiou à Tito. Mais tarde, visitou a Paulo em Nicópolis. Voltou novamente à Ilha de Creta, onde recebeu uma carta do próprio mestre, Paulo, que figura entre os livros sagrados. Depois, retornou à Roma para se avistar com o apóstolo que o mandou provavelmente evangelizar a Dalmácia, onde seu culto ainda hoje é intenso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo a tradição mais antiga, Tito permaneceu como bispo de Creta até sua morte, que ocorreu em idade avançada, por causa natural e não por martírio. Ele teria conservado a virgindade até a morte. São Paulo o chama repetidamente “meu companheiro e colaborador”, e na segunda carta aos Corintos, num momento de especial amargura, diz: “Deus me consolou com a chegada de Tito”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As três cartas escritas pelo apóstolo Paulo a estes dois discípulos têm alto valor, pelo conteúdo exclusivamente pastoral, de tal modo que podem ser consideradas como primeiro guia pastoral dos bispos de todos os tempos.</div>
espiritualidade liturgicahttp://www.blogger.com/profile/11777123523495995129noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4198809482883899548.post-1044793105847645732017-01-25T06:38:00.001-08:002017-01-25T06:41:03.499-08:00São Paulo - Conversão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdUMCdnfDml2VAGRRHa7820cM3tlYz6oXWfBohgxCtclscNe1LCbGn6avq5bdkJPc8b8SagbwXZlG-3mv47IRsK65ko7LTcTIPxhl5ilcdnqDSzR0jbuedZ2LLJFUfrU-Odsw6EJdRsw/s1600/25.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdUMCdnfDml2VAGRRHa7820cM3tlYz6oXWfBohgxCtclscNe1LCbGn6avq5bdkJPc8b8SagbwXZlG-3mv47IRsK65ko7LTcTIPxhl5ilcdnqDSzR0jbuedZ2LLJFUfrU-Odsw6EJdRsw/s320/25.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
“Eu sou judeu, de Tarso da Cilícia, cidadão de uma cidade de renome (At 21,39), circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu, filho de hebreus. Segundo a Lei, fariseu… Pela justiça da Lei, considerado irrepreensível (Fl 3,5-6).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é a ficha que faz Saulo Paulo de si mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como quase todos os judeus que viviam no mundo grego, acrescentara ao próprio nome judeu – Saulo ou Saul – outro nome grego que, quanto possível, se lhe assemelhasse foneticamente: Paulos, ou seja, Paulo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tarso era uma cidade culta, mas é de se supor que seus pais, fariseus recém-emigrados da Palestina, continuaram a estrita observância judia, abstendo-se de enviar seu filho às escolas gregas. O certo é que, tão logo completados os quatorze anos, Paulo foi enviado a Jerusalém, para fazer estudos rabínicos na escola mais ilustre da época: Aos pés de Gamaliel (At 22,3).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns autores, deixando-se levar por uma fantasia completamente infundada, supuseram que Paulo, em sua juventude, tenha levado vida licenciosa e, para isto, aduzem a trágica descrição que, na primeira pessoa, ele mesmo faz, no capítulo 7 da “Carta aos Romanos”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todavia, parece que o que Paulo quer destacar ali não é sua vivência pessoal e individual, mas a trágica situação do próprio “eu” humano, envolto na desgraça coletiva de uma pecaminosidade estrutural.</div>
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Por outro lado, temos em suas próprias cartas afirmações sinceras e humildes sobre a conduta irreprovável que o jovem israelita observou sempre, em sua boa fé. Fariseu desde jovem (At 26, 3-5), observador das tradições judaicas (Gl 1,14), irrepreensível em sua conduta (Fl 3,6).</div>
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O fariseu de direita – Hoje, graças às recentes descobertas de Qumrân, estamos em melhores condições de enfocar histórica e ideologicamente os acontecimentos que deram origem ao surgimento do cristianismo.</div>
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Através da numerosa literatura religiosa, encontrada às margens do Mar Morto, conhecemos o estado religioso daquela interessante época.</div>
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A “direita” constituíam-na os fariseus, conservadores das velhas tradições de Israel, inclusive das mais significativas minúcias rituais. Eram integristas e se consideravam os expoentes autênticos e indiscutíveis das mais puras essências religiosas e nacionais. Para isto, a ordem religiosa se identificava com a situação sociológica. Seu sistema se podia qualificar de “nacional-judaísmo”.</div>
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Não obstante, apesar de seu alardeado nacionalismo, haviam chegado a um status quo em suas relações com o poder romano, regendo-se por um equilibrado modus vivendi que lhes permitia certa estabilidade e flexibilidade de movimentos.</div>
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Todavia, os fariseus eram somente minoria, ainda que numerosa, do povo israelita. E é isto que o sensacional achado de Qumrân veio iluminar.</div>
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Completamente à margem da fração farisaica, pululava uma multidão de seitas, uma das quais denominada, por Flávio Josefo e por Plínio, “essênia”.</div>
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O núcleo central deste tipo de seita era constituído por um grupo de homens célibes, que se retiravam para o deserto, para se dedicarem à vida de oração e de estudo da Lei. Eram autênticos monges, cujas regras e modos de vida influíram, sem dúvida, na própria organização do monacato cristão, que nasceu exatamente naqueles mesmos desertos palestinos e egípcios.</div>
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Em redor dos mosteiros, e espiritualmente ligados a eles, havia numerosos assistidos, que bem podiam ser comparados às “ordens terceiras” de nossas grandes ordens mendicantes ou aos “sócios benfeitores” de congregações e institutos religiosos. Nem sempre viviam ali; iam e vinham, fazendo uma espécie de exercícios espirituais, que vivenciavam no resto do ano.</div>
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Pelas descobertas de Qumrãn, sabemos que ali existiu um grande mosteiro, talvez o mais importante de todos, e do qual encontramos uma espécie de sucursal em Damasco, constituída por alguns monges fugidos de Qumrân em época de perseguição.</div>
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A espiritualidade “qumrânica” era diferente da farisaica. Sem serem abertamente cismáticos, afastavam-se do legalismo ritual e estreito do culto do templo de Jerusalém, sobre o qual se encontram finas e veladas críticas em suas regras e livros ascéticos.</div>
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Diante do orgulho farisaico, professavam uma humildade desconfiada de si mesmos e fortemente baseada num sentimento de absoluta dependência do Criador. Finalmente, eram de tendência universalista e aberta aos demais povos não israelitas.</div>
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Saulo militava abertamente na ala extrema do farisaísmo mais estreito e ortodoxo e, no círculo intelectual hierosolimitano, assistira mais de uma vez às ásperas críticas que se faziam freqüentemente àqueles inovadores populares, perigosos para a ortodoxia.</div>
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Quando, mais tarde, Saulo volta a Jerusalém e se defronta com o problema da nascente comunidade judeu-cristã, sua indignação chega ao paroxismo. Exatamente os judeu-cristãos, procedentes do movimento “qumrânico”, que, de algum modo, coincidiam com os que Lucas denominava “helenistas” (At 6,1), foram os que diretamente se converteram em alvo de suas iras.</div>
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Seu chefe era o jovem levita Estêvão. O discurso do protomártir, que Lucas nos refere (At 7, 2-53), é farto das idéias centrais do “qumranismo”, sublimadas e superadas numa esplêndida e originalíssima versão cristã.</div>
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Decididamente, Estêvão era um elemento demasiado perigoso e, nas reuniões conciliares da “direita” farisaica, chegou a tomar a decisão de que a própria sobrevivência de Israel estava gravemente ameaçada e que, por conseguinte, era preciso eliminar, pela violência, quem assim minava sua própria existência.</div>
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Definitivamente, Estêvão foi apedrejado: única pena que as autoridades nacionalistas podiam infligir, quando se tratava de um caso declarado de “blasfêmia”.</div>
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Durante a macabra execução, os apedrejadores, para ficarem mais livres, puseram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo (At 7, 58). O próprio Paulo orava, mais tarde,</div>
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Senhor enquanto era derramado o sangue de tua testemunha,</div>
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Estêvão, eu estava presente, de acordo com eles, e guardava as vestes daqueles que o matavam (At 22,20).</div>
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Saulo se converteu na peça-chave da primeira perseguição à Igreja nascente, persegui de morte esta doutrina, acorrentando e encarcerando homens e mulheres (At 22,4). Isto, naturalmente, produziu uma fuga dos cristãos, sobretudo dos da “ala esquerda”, que se refugiaram em Damasco, onde haveria, certamente, cristãos de tipo “qumraniano”. Saulo lutava inteligentemente e dirigiu seus ataques a Damasco: era preciso impedir decididamente que rebrotasse aquela semente envenenada. O resto dos judeu-cristãos não foi molestado e pôde permanecer em Jerusalém.</div>
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Caminho de Damasco – O que aconteceu no caminho de Jerusalém a Damasco, conta-o o próprio Paulo, simplesmente assim:</div>
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Recebi cartas do Sumo Sacerdote e de todo o colégio dos anciãos para os irmãos de Damasco, aonde fui com o fim de prender os que lá se achassem e trazê-los acorrentados para Jerusalém, onde seriam castigados. Ora, estando eu a caminho e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente me cercou uma intensa luz do céu. Caí por terra e ouvi uma voz, que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues’? Respondi: ‘Quem és, Senhor?’E ele me disse: ‘Sou Jesus Nazareno, a quem persegues’. Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz daquele que me falava. Eu disse: ‘O que hei de fazer Senhor?’ O Senhor me disse: ‘Levanta-te e entra em Damasco, que ali te será dito o que deverás fazer ‘(At 22,5-10).</div>
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Saulo obedeceu. Era muito difícil o que se lhe exigia. Convertendo-se ao cristianismo, teria preferido ser recebido pela “ala direita” da “seita”, ou seja, por aqueles que ficaram em Jerusalém e foram tolerados pelo tribunal fariseu de depuração, de que ele era parte principal. Mas, agora, ordenava-se-lhe receber o ingresso da “seita” naquele ambiente de Damasco, plenamente solidário com os “helenistas” (At 6,1), que comandara o odiado Estêvão. A esta dura renúncia se refere, sem dúvida, quando, depois de fazer sua própria ficha, acrescenta, cheio de nostalgia pegajosa: Mas tudo isto, que para mim era vantagem, considero desvantagem por amor de Cristo (FI 3,7).</div>
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Esta transformação dolorosa de sua postura mental constitui indubitavelmente a infra-estrutura psíquica daquela atitude combativa, às vezes violenta, que teve que adotar, no seio da comunidade cristã, contra seus antigos correligionários fariseus, que pretendiam manter, dentro do cristianismo, uma posição integrista, sufocando a novidade expansiva do Evangelho.</div>
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O noviciado do apóstolo – A princípio, Paulo começou a experimentar sua vocação apostólica pregando a Jesus nas próprias sinagogas de Damasco. Mas, pouco depois, se retirou para o deserto, para ali se preparar, na oração, e quem sabe se uniu a algum grupo monástico judeu-cristão, procedente da “Seita da Aliança”, intimamente aparentada como movimento “qumrânico”.</div>
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Daqueles primeiros anos, narra-nos Lucas alguns fatos cruciais do novel apóstolo. Ao fim de três anos de conversão, subiu a Jerusalém para “visitar” o chefe da Igreja, Pedro (GI 1,18).</div>
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Dali, voltou a sua cidade natal de Tarso, de onde teve que sair, finalmente, para se defender de uma conjura, tramada pelos judeus contra ele.</div>
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De Tarso, dirigiu-se Paulo a Antioquia, cuja comunidade florescia, devido, em parte, à própria perseguição do ex-fariseu. Na verdade, em conseqüência da rajada de vento anticristã, provocada por Saulo em Jerusalém, muitos cristãos “helenistas” se dispersaram pela Fenícia, Chipre e Antioquia. Estes começaram a pregar a fé. Posteriormente, os apóstolos de Jerusalém enviaram Barnabé, como delegado oficial, e este, seguindo uma inspiração do Espírito, associou-se a Paulo, em sua tarefa apostólica. Por um ano inteiro, Paulo colheu uma messe tão abundante que o fato transcendeu o grande público e este começou a chamar os fiéis pelo nome de “cristãos”, como eram chamados “pompeanos” ou “cesarianos” os partidários de algum dos dois rivais do Império.</div>
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A carreira apostólica de Paulo chegara a seu ponto culminante e nele se realizariam os projetos de Deus, manifestados desde o primeiro momento de sua conversão: Vai, porque este homem é para mim um instrumento escolhido, a fim de levar meu nome perante as nações, os reis e os israelitas (At 9,15).</div>
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Um dia, na assembléia litúrgica de Antioquia, o Espírito falou por meio da mesma comunidade de oração: Separai-me Barnabé e Saulo, para a obra a que os chamei (At 13,2).<br />
<br />
A conversão de Saulo<br />
<br />
Quando Lucas escreveu o livro de Atos dos Apóstolos, já eram passados mais ou menos 20 anos da morte de Paulo. Muitos cristãos que só conheceram a fama de Paulo, quiseram saber: o que teria acontecido para que o grande perseguidor Saulo se transformasse no mais ardoroso missionário cristão? O que levaria um fariseu rigoroso na observância da Torá judaica, a ponto de perseguir cristãos, a afirmar depois: “Ninguém será justificado diante de Deus pela prática da Lei” (Rm 3,20)?<br />
<br />
No tempo de Lucas, já circulava entre algumas comunidades, a Carta aos Gálatas, um escrito do próprio Paulo, em que ele narra sua conversão (Leia Gl 1,11-24). Ao falar de sua conversão, Paulo é muito sóbrio. Aliás, ele nem usa o termo “conversão”. Prefere dizer que recebeu uma visão ou “revelação” de Jesus Cristo (cf. Gl 1,12. Cf. também 1Cor 9,1; 15,8-10).<br />
<br />
Paulo dá muita importância a essa revelação. Mas não entra em nenhum detalhe sobre como se deu aquele acontecimento no caminho de Damasco – em nenhuma de suas cartas. Paulo está mais interessado em defender seu apostolado entre os pagãos, afirmando que o evangelho que ele anuncia brota daquela revelação. A visão que tem de Jesus Cristo é o que o faz mudar de posição, é o seu chamado. Por essa graça, Paulo se coloca em pé de igualdade com os outros apóstolos (cf. lCor 15,3-11).<br />
<br />
O livro de Atos dos Apóstolos narra três vezes a conversão de Paulo. Para Lucas, este é o maior de todos os acontecimentos da Igreja dos primeiros tempos.<br />
<br />
Quando quer falar do sucesso que o anúncio cristão está alcançando por toda parte, Lucas refere-se às conversões em termos quantitativos: 3 mil convertidos (cf. At 2,41), 5 mil (cf. At 4,4), muitas aldeias (cf. At 8,25), todos os habitantes de uma cidade (cf. At 9,35).<br />
<br />
Quando o convertido é alguém ilustre ou especial, Lucas dá um pouco mais de destaque ao episódio: o mago Simão (cf. At 8, 9-24), um alto funcionário da rainha da Etiópia (cf. At 8, 26-40), Cornélio, comandante romano em Cesaréia (cf. At 10), o procônsul da ilha de Chipre (cf. At 13, 6-12).<br />
<br />
Quando o convertido é muito especial mesmo, Lucas conta e reconta o episódio – é o caso de Paulo. De grande perseguidor, Paulo se torna o maior dos evangelizadores. Isso merece destaque especial.<br />
<br />
Para não dar a impressão de mera repetição, Lucas cria uma moldura distinta para cada um dos três relatos. Assim:<br />
<br />
• Em At 9,1-30, o evento é contado por um narrador. Com muita habilidade, Lucas dispõe este primeiro relato antes do trabalho missionário de Pedro, misturando com outros episódios de conversão de pagãos, desaguando na grande controvérsia sobre a circuncisão que motiva o concilio de Jerusalém. À primeira vista, a primeira narrativa da vocação de Paulo parece estar solta no meio dos outros episódios. Mas há de fato uma moldura que dá enquadramento a tudo: os diversos sinais que apontam para o rumo dos pagãos. A conversão de Paulo é, talvez, o mais importante desses sinais (*).<br />
<br />
• A segunda narrativa (At 22,1-21) é colocada na boca do próprio Paulo, na forma de um discurso dirigido ao povo. A moldura do relato é o episódio em que Paulo é preso no templo de Jerusalém. Também nesta segunda narrativa, o sentido para o onde o discurso aponta é a missão de Paulo: “Vai! É para longe, para os pagãos que vou te enviar” (At 22,21).<br />
<br />
• Também a terceira narrativa (At 26) Lucas a escreve na forma de um discurso de Paulo. No episódio que serve de moldura ao relato, Paulo se defende diante do rei Agripa, em Cesaréia, das acusações movidas por judeus. Aqui, Lucas constrói um ligamento entre a esperança judaica expressa na Lei e nos Profetas e a resposta cristã (cf. 26, 22-23 e 26, 27-28). Também neste relato, há o aceno para o anúncio “ao povo judeu e às nações pagãs” (At 26,23).<br />
<br />
A cada vez que narra a conversão de Paulo, Lucas vai acrescentando e variando novos detalhes. Assim, na primeira narrativa, Paulo se vê cercado por uma luz vinda do céu, cai por terra, ouve uma voz. Também seus companheiros ouvem a voz, ficam mudos de espanto, mas não vêem ninguém (cf. At 9, 3-9).<br />
<br />
Na segunda narrativa, a luz que envolve Paulo é uma grande luz. Também aqui Paulo cai por terra, ouve uma voz. Quanto aos companheiros de Paulo, inversamente ao que é dito no primeiro relato, eles vêem a luz, mas não ouvem a voz (cf. At 22, 6-9). Na terceira narrativa, Lucas amplia os detalhes sobre a luz: é meio-dia (hora em que a luz do sol é muito forte) e, no entanto, a luz que Paulo vê é mais brilhante que o sol, envolvendo também os companheiros de Paulo. Todos caem por terra. Paulo ouve a voz (cf. At 26,13-14).<br />
<br />
Nas duas primeiras narrativas, os companheiros de Paulo o conduzem pela mão, por causa da cegueira que a luz lhe trouxe (cf. At 9,9; 22,11). O terceiro relato, por sua vez, fala de cegueira, mas não em relação a Paulo. E também não cita Ananias, que é um discípulo, conforme At 9,10. Já em At 22, Ananias é apresentado como um homem “piedoso e fiel à Lei, com boa reputação junto de todos os judeus que ali moravam” (At 22,12).<br />
<br />
Por que tantas diferenças entre uma narrativa e outra? Teria isso algum sentido?<br />
<br />
(*) Na segunda seção de Atos (At 6-15,35), a conversão de Paulo é um dos sinais do novo rumo do anúncio cristão.<br />
<br />
Nos relatos sobre a conversão de Paulo, as incoerências entre os detalhes já são significativas por si mesmas. E a primeira coisa que significam é que Lucas não está preocupado com pormenores históricos. Se nem o próprio Paulo entra em detalhes!<br />
<br />
Comparando o modo como Lucas narra a conversão de Paulo com aquilo que o próprio Paulo escreve em suas cartas, podemos observar que há um ponto fundamental de concordância entre os dois enfoques: a importância do episódio de Damasco. Se Paulo (nas epístolas) é discreto e não entra em detalhes é porque deseja ir diretamente à questão que para ele é fundamental: justificar seu trabalho entre os pagãos. Lucas, por sua vez, reveste o episódio com muitos detalhes, como uma outra forma de realçar sua importância. Em relação à importância do acontecimento, os dois enfoques concordam. Lucas, todavia, imprime à conversão de Paulo um sentido teológico próprio, de interesse para o momento da Igreja cristã dos anos 80.<br />
<br />
Assim, na Carta aos Gálatas, ao falar da revelação de Jesus Cristo, Paulo se atribui expressamente o título de apóstolo (cf. GI 2,17); quer com isso justificar e defender seu ministério entre os pagãos. E que, nos inícios da Igreja, o movimento dos seguidores de Jesus mais se parecia com uma “seita” judaica; nesse contexto, abrir-se aos pagãos significava entrar em choque com a linha judaizante do cristianismo. Por isso Paulo foi combatido e teve problemas, inclusive com Pedro e Tiago, líderes da Igreja (cf. 01 2).<br />
<br />
Entretanto, quando Lucas escreve Atos dos Apóstolos, os frutos do trabalho missionário de Paulo já podiam ser percebidos por toda parte. A dedicação de Paulo ao anúncio da palavra de Deus entre os gentios tornava sua obra comparável à dos outros apóstolos, talvez até maior que a de Pedro e Tiago. Não é por acaso que Lucas dedica metade de seus Atos dos Apóstolos a falar de Paulo. E pelos mesmos motivos que narra três vezes o episódio da conversão de Paulo.<br />
<br />
Para Lucas, este é o maior, o mais importante acontecimento da história da Igreja primitiva. A repetição do relato sugere isso. Nos três relatos sobre o assunto, as “incoerências” realçam o que mais interessa: de grande perseguidor da Igreja, Saulo se torna o maior dos apóstolos. Não se trata, contudo, da conversão de um perseguidor qualquer que se transforma num missionário anônimo. Para Lucas é importante deixar explícito que se trata de um judeu radical, zeloso de sua fé, que assume de modo também radical o anúncio de Cristo entre pagãos.<br />
<br />
Texto do livro “Uma Leitura dos Atos dos Apóstolos”, da coleção “Ser Igreja no novo milênio”, da CNBB.<br />
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