Santo Antonino de Florença
História: Nomeado arcebispo de Florença, Santo Antonino de Florença fugiu para não ter que assumir o cargo, mas foi encontrado e teve por força que aceitá-lo.
Revelou-se um grande arcebispo, cheio de zelo e espírito
apostólico. Santo Antonino de Florença combateu o neo-paganismo renascentista e
defendeu o Papado no Concílio de Basiléia.
Deixou escritos teológicos de valor. Tal era sua fama de
santidade no tempo em que vivia que, certa vez, o Papa Nicolau V declarou em
público que o julgava tão digno de ser canonizado ainda vivo quanto São
Bernardino de Sena, que acabava de ser elevado às honras dos altares.
Homem de grande cultura e virtudes exímias: Santo Antonino,
que teve sempre enorme aceitação entre o povo. A ele deve-se não apenas a
fundação convento de São Marcos, célebre em Florença, como também os
preciosíssimos afrescos de Angélico.
São verdadeiros monumentos históricos, marcados por raro
valor artístico. O povo costumava chamar o seu arcebispo de “Antonino dos Bons
Conselhos”. A obra escrita que nos deixou prova suficientemente que o povo
tinha razão.
Padroeiro: Dos
bons conselhos
São Damião de Molokai
Josef de Veuster-Wouters nasceu
no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade ao norte de Bruxelas, na
Bélgica. Aos dezenove anos de idade, entra para a Ordem dos Padres do Sagrado
Coração e toma o nome de Damião. Em seguida, é enviado para terminar seus
estudos num colégio teológico em Paris.
A vida de Damião começou a mudar quando completou vinte e um anos de idade. Um bispo do Havaí, arquipélago do Pacífico, estava em Paris, onde ministrava algumas palestras e pretendia conseguir missionários para o local. Ele expunha os problemas daquela região e, especialmente, dos doentes de lepra, que eram exilados e abandonados numa ilha chamada Molokai, por determinação do governo.
Damião logo se interessou e se
colocou à disposição para ir como missionário à ilha. Alguns fatos antecederam
a sua ida. Uma epidemia de febre tifóide atingiu o colégio e seu irmão caiu
doente. Damião ainda não era sacerdote, mas estava disposto a insistir que o
aceitassem na missão rumo a Molokai. Escreveu uma carta ao superior da Ordem do
Sagrado Coração, que, inspirado por Deus, permitiu a sua partida. Assim, em
1863 Damião embarcava para o Havaí, após ser ordenado sacerdote.
Chegando ao arquipélago, Damião
logo se colocou a par da situação. A região recebera imigrantes chineses e com
eles a lepra. Em 1865, temendo a disseminação da doença, o governo local
decidiu isolar os doentes na ilha de Molokai. Nessa ilha existia uma península
cujo acesso era impossível, exceto pelo mar. Assim, aquela península, chamada Kalauapa,
tornou-se a prisão dos leprosos.
Para lá se dirigiu Damião, junto
de três missionários que iriam revezar os cuidados com os leprosos. Os leprosos
não tinham como trabalhar, roubavam-se entre si e matavam-se por um punhado de
arroz. Damião sabia que ficaria ali para sempre, pois grande era o seu coração.
Naquele local abandonado, o padre
começou a trabalhar. O primeiro passo foi recuperar o cemitério e enterrar os
mortos. Com freqüência ia à capital, comprar faixas, remédios, lençóis e roupas
para todos. Nesse meio tempo, escrevia para o jornal local, contando os
terrores da ilha de Molokai. Essas notícias se espalharam e abalaram o mundo,
todo tipo de ajuda humanitária começou a surgir. Um médico que contraíra a
lepra ao cuidar dos doentes ouviu falar de Damião e viajou para a ilha a fim de
ajudar.
No tempo que passou na ilha,
Damião construiu uma igrejinha de alvenaria, onde passou a celebrar as missas.
Também construiu um pequeno hospital, onde, ele e o médico, cuidavam dos
doentes mais graves. Dois aquedutos completavam a estrutura sanitária tão
necessária à vida daquele povoado. Porém a obra de Damião abrangeu algo mais do
que a melhoria física do local, ele trouxe nova esperança e alívio para os
doentes. Já era chamado apóstolo dos leprosos.
Numa noite de 1885, Damião
colocou o pé esquerdo numa bacia com água muito quente. Percebeu que tinha
contraído a lepra, pois não sentiu dor alguma. Havia passado cerca de dez anos
desde que ele chegou à ilha e, milagrosamente, não havia contraído a doença até
então. Com o passar do tempo, a doença o tomou por inteiro.
O doutor já havia morrido, assim
como muitos dos amigos, quando, em 15 de abril de 1889, padre Damião de Veuster
morreu. Em 1936, seu corpo foi transladado para a Bélgica, onde recebeu os
solenes funerais de Estado. Em 1995, padre Damião de Molokai foi beatificado
pelo papa João Paulo II e sua festa, designada para o dia 10 de maio. O Papa
Bento XVI o canonizou em 11 de outubro de 2009.
Santo Isidoro Lavrador
Isidoro nasceu em Madri, na
Espanha, em 1070, filho de pais camponeses, simples e seguidores de Cristo. O
menino cresceu sereno, bondoso e muito caridoso, trabalhando com os familiares
numa propriedade arrendada. Levantava muito cedo para assistir a missa antes de
seguir para o campo. Quando seus atos de fé começaram a se destacar, já era
casado com Maria Toríbia e pai de um filho.
Sua notoriedade começou quando
foi acusado de ficar rezando pela manhã, na igreja, em vez de trabalhar. De
fato, tinha o hábito de parar o trabalho uma vez ao dia para rezar, de joelhos,
o terço. Mas isso não atrapalhava a produção, porque depois trabalhava com
vontade e vigor, recuperando o tempo das preces. Sua bondade era tanta que o
patrão nada lhe fez.
Não era só na oração que Isidoro
se destacava. Era tão solidário que dividia com os mais pobres tudo o que
ganhava com seu trabalho, ficando apenas com o mínimo necessário para alimentar
os seus. Quando seu filho morreu, ainda criança, Isidoro e Maria não se
revoltaram, ao contrário, passaram a se dedicar ainda mais aos necessitados.
Isidoro Lavrador morreu pobre e
desconhecido, no ano de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção.
A partir de então começou a devoção popular. Muitos milagres, atribuídos à sua
intercessão, são narrados pela tradição do povo espanhol. Quarenta anos depois,
seu corpo foi trasladado para uma igreja.
Humilde e incansável foi esse
homem do campo, e somente depois de sua morte, e com a devoção de todo o povo
de sua cidade, as autoridades religiosas começaram a reconhecer o seu valor
inestimável: a devoção a Deus e o cumprimento de seus mandamentos, numa vida
reta e justa, no seguimento de Jesus.
Foi o rei da Espanha, Filipe II,
que formalizou o pedido de canonização do santo lavrador, ao qual ele próprio
atribuía a intercessão para a cura de uma grave enfermidade. Em 1622, o papa
Gregório XV canonizou santo Isidoro Lavrador, no mesmo dia em que santificou
Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa d'Ávila e Filipe Néri.
Hoje, ele é comemorado como
protetor dos trabalhadores do campo, dos desempregados e dos índios. Enfim, de
todos aqueles que acabam sendo marginalizados pela sociedade em nome do
progresso. Santo Isidoro Lavrador é o padroeiro de Madri.
Outros Santos do dia:
São João de Ávila,(presb); Aureliano, Agatão, Cataldo
(bispos); Afrodísio, Gordiano, Epímaco (mártires); Jó (porf); Calopódio
(presb); Palmácio, Simplício, Félix, Branda, Álfio, Filadélfia, Cirino,
Descórides (mártires); Amaro, Concepta (confs); Ubaldo (bispo);