Santa Joana
História: Santa Joana nasceu no
dia 6 de fevereiro de 1452. Era filha de Dom Afonso V, rei de Portugal.
Órfã de mãe aos 15 anos, tomou os
encargos do governo da casa real. Filha primogênita do rei D. Afonso V, Santa
Joana possuía grande beleza e personalidade marcante.
Exerceu a regência do Reino
quando seu pai foi à frente de uma esquadra conquistar Arzila e Tânger, na
África. Desejosa de se consagrar a Deus na Ordem dominicana, precisou vencer a
resistência do pai e de seu irmão D. João (futuro D. João II) que desejavam um
casamento vantajoso para ela.
Embora pretendida por muitos
príncipes, entre eles o filho de Luis XI da França, para espanto de todos, em
1471 recolheu-se temporariamente no mosteiro de Odívelos. Santa Joana conseguiu
ingressar no convento dominicano de Aveiro, mas devido a sua frágil saúde
viu-se impedida.
Continuou passando no convento a
maior parte do seu tempo, conservando o hábito religioso; mesmo quando estava
fora do convento praticava eximiamente a regra da Ordem.
Levava vida penitente, usando
cilício sob as vestes reais e passando as noites em oração. Jejuava
freqüentemente e como divisa ou insígnia real usava uma coroa de espinhos. Os pobres, os enfermos, os presos, os
religiosos viam nela a sua protetora e amparo.
Conservava um livro onde ela
anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia
em que deveria ser dada a esmola. Por ocasião da semana santa, lavava os pés de
doze mulheres pobres e as presenteava com roupas, alimentos e dinheiro. Dali
foi para o mosteiro de Aveiro, onde viveu despojada de tudo até a morte, no dia
12 de maio de 1490 e foi beatificada em 1693.
Oração da Santa Joana: Ó Deus,
que concedestes grandes graças a vossa serva, Santa Joana, dai-me também a mim
ser desprendido das coisas deste mundo e viver com maior ardor a caridade
evangélica. Concedei-me, pela intercessão de Santa Joana, a graça que tanto
necessito. Por Cristo Senhor Nosso,amém. Santa Joana, rogai por nós.
Devoção: Ao desprendimento e à
perfeição espiritual
Padroeiro: Dos pobres
necessitados
São Pancrácio
As catacumbas romanas atraem
devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos
primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as
inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho
de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda
muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu
estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa
Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e
profunda fé.
Mas como a perseguição de
Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze
anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto.
Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na
flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano
tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada
deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a
morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou
logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das
estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde,
no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem,
existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na
Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também
foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de
Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de são
Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro
dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da
Juventude da Ação Católica na América Latina.
Outros Santos do dia: São Nereu e
Aquiles e Pancrácio (invocado nas câimbras), São Domingosa de Calçada,
Pancrácio, Dionísio Casto e Cássio, Ciríaco, Máximo e Grato (márts); Filipe
Argirião (confs); Germano, Epifânio, Emílio e Desejado (Bispos); Gema (Virgem);
Cúngaro (eremita).