Santa Joana

Órfã de mãe aos 15 anos, tomou os
encargos do governo da casa real. Filha primogênita do rei D. Afonso V, Santa
Joana possuía grande beleza e personalidade marcante.
Exerceu a regência do Reino
quando seu pai foi à frente de uma esquadra conquistar Arzila e Tânger, na
África. Desejosa de se consagrar a Deus na Ordem dominicana, precisou vencer a
resistência do pai e de seu irmão D. João (futuro D. João II) que desejavam um
casamento vantajoso para ela.
Embora pretendida por muitos
príncipes, entre eles o filho de Luis XI da França, para espanto de todos, em
1471 recolheu-se temporariamente no mosteiro de Odívelos. Santa Joana conseguiu
ingressar no convento dominicano de Aveiro, mas devido a sua frágil saúde
viu-se impedida.
Continuou passando no convento a
maior parte do seu tempo, conservando o hábito religioso; mesmo quando estava
fora do convento praticava eximiamente a regra da Ordem.
Levava vida penitente, usando
cilício sob as vestes reais e passando as noites em oração. Jejuava
freqüentemente e como divisa ou insígnia real usava uma coroa de espinhos. Os pobres, os enfermos, os presos, os
religiosos viam nela a sua protetora e amparo.
Conservava um livro onde ela
anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia
em que deveria ser dada a esmola. Por ocasião da semana santa, lavava os pés de
doze mulheres pobres e as presenteava com roupas, alimentos e dinheiro. Dali
foi para o mosteiro de Aveiro, onde viveu despojada de tudo até a morte, no dia
12 de maio de 1490 e foi beatificada em 1693.
Oração da Santa Joana: Ó Deus,
que concedestes grandes graças a vossa serva, Santa Joana, dai-me também a mim
ser desprendido das coisas deste mundo e viver com maior ardor a caridade
evangélica. Concedei-me, pela intercessão de Santa Joana, a graça que tanto
necessito. Por Cristo Senhor Nosso,amém. Santa Joana, rogai por nós.
Devoção: Ao desprendimento e à
perfeição espiritual
Padroeiro: Dos pobres
necessitados
São Pancrácio

Pancrácio nasceu em Roma, filho
de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda
muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu
estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa
Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e
profunda fé.
Mas como a perseguição de
Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze
anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto.
Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na
flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano
tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada
deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a
morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou
logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das
estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde,
no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem,
existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na
Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também
foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de
Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de são
Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro
dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da
Juventude da Ação Católica na América Latina.
Outros Santos do dia: São Nereu e
Aquiles e Pancrácio (invocado nas câimbras), São Domingosa de Calçada,
Pancrácio, Dionísio Casto e Cássio, Ciríaco, Máximo e Grato (márts); Filipe
Argirião (confs); Germano, Epifânio, Emílio e Desejado (Bispos); Gema (Virgem);
Cúngaro (eremita).