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São Tito e São Timóteo

São Tito

Tito era um companheiro de São Paulo, mencionado em diversas epístolas paulinas. Tito estava com Paulo e Barnabé em Antioquia e os acompanhou no Concílio de Jerusalém[1], embora seu nome não seja citado nos Atos dos Apóstolos. Ele está listado como um dos Setenta Discípulos.
Ele parece ter sido um gentio — Paulo se recusou terminantemente a circuncisá-lo, pois acreditava que o evangelho de Cristo havia libertado os fiéis dos requerimentos da Lei Mosaica — e se engajou justamente em ministrar para eles. Mais tarde, as epístolas paulinas o colocam com Paulo e Timóteo em Éfeso, de onde ele foi enviado por Paulo até Corinto, na Grécia, com o objetivo de conseguir contribuições para Igreja antiga em nome dos cristãos empobrecidos de Jerusalém[2]. Ele se juntou à Paulo quando este estava na Macedônia e o alegrou com as notícias que trouxe de Corinto[3]. Seu nome não é mais mencionado pelo menos até a primeira prisão de Paulo, quando ele se empenhou na organização da igreja em Creta, para onde Paulo o havia enviado com este objetivo[4]. A última vez que ouvimos falar dele é em 2 Timóteo 4:10, quando Tito se despede de Paulo em Roma para ir à Dalmácia. O Novo Testamento não relata a sua morte.

De acordo com a tradição, Paulo ordenou Tito bispo de Gortina em Creta. Ele teria morrido em 107 d.C., com 95 anos.


São Timóteo

Timóteo (em grego: Τιμόθεος - Timótheos, que significa "honrando a Deus"[1] ou "honrado por Deus"[2]) foi um bispo[carece de fontes] cristão do século I d.C. que morreu por volta do ano 80 d.C. O Novo Testamento indica que Timóteo esteve com Paulo de Tarso, que era seu mentor, durante as suas viagens missionárias. Ele é considerado como sendo o destinatário das Epístolas a Timóteo. Ele está listado como um dos Setenta Discípulos.
Timóteo é mencionado na Bíblia durante a segunda visita de Paulo à Listra, na Anatólia, como sendo um "discípulo"[nota a], "filho de uma judia crente, mas de pai grego". Paulo então decidiu tomá-lo como seu companheiro de viagem, circuncidando-o antes para garantir sua aceitação pelos judeus convertidos (veja controvérsia da circuncisão)[nota a]. De acordo com McGarvey[3], Paulo realizou a operação "com suas próprias mãos". Timóteo foi então ordenado[nota b] e seguiu com Paulo em suas viagens através da Frígia, Galácia, Mísia, Tróas, Filipos, Bereia e Corinto.

Sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide (Lois), são também citadas como eminentes por sua piedade e fé[nota c], o que indica que elas devem ter sido cristãs também. Timóteo foi elogiado por Paulo por seu conhecimento das Escrituras, a quem ele parece ter sido apresentado ainda na infância[nota d]. Pouco se sabe sobre seu pai, exceto que ele era grego